Bia Black – “Pintar é uma consequência de estar viva” por Edmundo Cavalcanti

Edmundo Cavalcanti é Artista Plástico, Colunista de Arte e Poeta.
Edmundo Cavalcanti é Artista Plástico, Colunista de Arte e Poeta.

Bia, faça um resumo de sua trajetória.

Meus pais e avós vieram de diferentes locais na Rússia para o Brasil, durante a guerra, deixando tudo para trás.

Formei-me fonoaudióloga, fiz mestrado, especialização e exerci por 25 anos.

Sempre fui arteira.

Voltei para a faculdade e na USP, no MAC renovei meu desejo de ser artista.

Muitos cursos de especialização e aprimoramento se seguiram e fiz parte do corpo docente do MuBE por 10 anos ministrando técnica de ateliê.

Meu trabalho é essencialmente contemporâneo e faço diversas experimentações utilizando diferentes medidas em diferentes suportes.

Bia Black é Artista Plástica.
Bia Black é Artista Plástica.

Uso papel, papel artesanal, fotos, óxido de ferro, tecidos ou simplesmente a tela e as tintas.

Pinto à óleo, acrílico, mas gosto mesmo é de usar a têmpera, quando preparo com os pigmentos minha própria tinta.

Poetas como Hilda Hilst, escritores como Mia Couto e artistas como Rothko, Dieberkorn, Klein, Jasper Jones assim como Antonio Miranda, Marina Saleme, Débora Paiva e tantos outros me inspiraram com seus trabalhos e atitudes.

Pintar é uma consequência de eu estar viva.

Entrevista

Onde você nasceu? E qual sua formação acadêmica?

Nasci em São Paulo, Capital e sou primeiramente Mestre em Fonoaudiologia (1972) com extensão acadêmica em Arte Contemporânea (2002).

Como e quando se dá o seu primeiro contato com as Artes?

Desde pequena me interesso por arte e era arteira.

Como surgiu ou você descobriu este dom?

Sempre gostei. Pintava os móveis em casa de meus pais, as paredes, fazia colagens…

M196 de Bia Black.

Quais são suas principais influências?

Ianelli, Rothko, Klein.

Quais os materiais que você utiliza em suas obras?

Suporte de tela, madeira, papel e papel artesanal preparado caseiramente.

Tinta a óleo, acrílica, cola, pigmentos e têmpera nanquim, óxido de ferro.

M135 de Bia Black.

Como é o seu processo criativo em si? O que te inspira?

Poesias e textos me inspiram muito, como os de Hilda Hilst, Mia Couto, assim como temas de pássaros, meninas e arvores.

Quando você começou efetivamente a produzir ou criar suas obras?

Obras para serem expostas e comercializadas em 2002.

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A arte é uma produção intelectual primorosa, onde as emoções estão inseridas no contexto da criação, porém na historia da arte, vemos que muitos artistas são derivados de outros, seguindo técnicas e movimentos artísticos através do tempo, você possui algum modelo ou influência de algum artista? Quem seria?

Yves Klein, Rothko, Ianelli, Marina Saleme, Antonio Miranda.

O que a arte representa para você? Se você fosse resumir em poucas palavras o significado das Artes na sua vida…

Pintar faz parte de mim, da minha existência. Dá-me prazer.

M095 de Bia Black.

Quais as técnicas que você usa para expressar suas ideias, sentimentos e percepção a cerca do mundo? (Se é através da pintura, escultura, desenho, colagem, fotografia… ou usa várias técnicas no sentido de fazer um mix de formas diferentes de arte).

Fiz e ainda me expresso com objetos tridimensionais e em especial caixinhas, onde através de colagens me expresso bem.

Intervenções em fotografias de família e outras foram motivos de reconhecimento e prêmios em salões oficiais.

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Pintar sobre papel, sobre tela e madeira, com diferentes técnicas me fascina.

A experimentação faz parte do meu processo de criação.

O estilo porém, é sempre o mesmo, arte contemporânea.

M048 de Bia Black.

Todo artista tem seu mentor, aquela pessoa a quem você se espelhou, que te incentivou e te inspirou a seguir essa carreira, indo adiante e levando seus sonhos a outros patamares de expressão, quem é essa pessoa e como ela te introduziu no mundo das artes?

Professor Silvio Coutinho, Professor Waldo Bravo, Professor Latorre, Professoras Marina Saleme, Débora Paiva e Nazareth Pacheco, assim como o artista Antonio Miranda com quem aprendi muito sobre desenho e alquimia das tintas.

Você tem outra atividade além da arte? Você dá aulas, palestras, etc.?

Aulas. Já ministrei aulas no Espaço 4 para crianças com necessidades especiais, na Finarte e no MUBE nestes últimos 10 anos.

Suas principais exposições nacionais e internacionais e suas premiações?

Participei de Mostras em NY, Miami, Califórnia, Estocolmo, Roma, Londres, Firenze, Viena e Lichenstein.

Recebi prêmio de primeiro lugar ano passado em Lichenstein, em Londres e comenda na mostra individual da Suécia.

Várias premiações nacionais em salões de arte oficiais, como Pinacoteca de Franca, MAM de Rezende, MAC/USP, etc.

Bia Black.

Seus planos para o futuro.

Continuar pintando aqui e nos USA onde vivo metade do ano e participo do ateliê O’Hanlon na Califórnia.

Website: www.biablack.net

Facebook Perfil: www.facebook.com/bia.black.3

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EDMUNDO CAVALCANTI
São Paulo – Brasil
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Colunista no Site Obras de Arte
E-mail: cavalcanti.edmundo@gmail.com

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4 comentários em “Bia Black – “Pintar é uma consequência de estar viva” por Edmundo Cavalcanti”

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