III Edição da Bienal do Sertão de Artes Visuais

Criado em 2012, a ‘Bienal do Sertão de Artes Visuais’ tornou-se um espaço de reflexão e entusiasmo pela valorização deste espaço geográfico tão proeminente e forte de solo brasileiro e que andava carente de tal afirmação como valor cultural e avantajadas possibilidades artísticas.

Como uma instituição sem fins lucrativos, que tem como meta a participação unânime de artistas de todas as localidades e nações, e da população em geral (produtores, público leigo, interessados, estudantes, estudiosos, etc.), na interação das obras com a monitoria e nas rodas de conversas com os artistas.

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Sua missão é desenvolver projetos culturais e educacionais na área de artes visuais, adotando as melhores práticas de gestão e favorecendo o diálogo entre as propostas artísticas contemporâneas e a comunidade. Acesso à cultura e à arte a milhares de pessoas, de forma gratuita.

Com a ênfase nas ações educativas e os seguintes princípios norteadores:

* Foco na contribuição social, buscando reais benefícios para os seus públicos, parceiros e apoiadores;
* Contínua aproximação com a criação artística contemporânea e seu discurso crítico;
* Transparência na gestão e em todas as suas ações;
* Prioridade de investimento em educação e consolidação da Bienal como referência nos campos da arte, da educação e pesquisa nessas áreas.

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Repercussão positiva na mídia e públicos em geral e nas ações educativas para estudantes, professores, além da formação de novas possibilidades para ao campo das artes visuais entre artistas e jovens.

O comissariado da Bienal atua de forma voluntária e colaborativa com a inserção de Apoiadores e artistas vinculados com a responsabilidade de reposicionar noções de curiosidade, criatividade e invenção.

Números em suas duas edições anteriores, 2013 e 2015:
Tempo de exposição: 60 dias (300 horas)

Visitas ao local da exposição: 24.431 pessoas
Agendamentos escolares: 7
2.400 m² de espaços expositivos
78 obras expostas
8 obras doadas para a Futura Fundação Bienal
8 novos patrocinadores e apoiadores
Participação de 82 artistas
Visitas ao Site do evento (até 02/2017): 51.757

Objetivos:

*Promover a criação, divulgação, difusão e propostas de obras de arte e projetos curatoriais na/para a região do Sertão Brasileiro.
*Construir uma plataforma para artistas e curadores de propostas criativas e inovadoras emergentes no campo das artes visuais.
*Facilitar o diálogo, o intercâmbio e a discussão crítica das práticas artísticas atuais, como o emparelhamento regional, global, seus desafios e oportunidades assim como seu compromisso educacional.
*Divulgar os resultados, experiências e conclusões da Bienal no Brasil e no exterior.
*Promover a notoriedade da marca da “Bienal do Sertão”, através da difusão das artes contemporâneas e do apoio ao empreendedorismo criativo.

Valor orientador à seleção, privilegia:

  1. Criatividade
  2. Cooperação
  3. Experiência
  4. Inovação
  5. Persistência

“Unindo Sertões”

“Unindo Sertões”. Este é o tema desta edição da Bienal do Sertão de Artes Visuais, onde o congraçamento de idéias, atos e fusões, experimentalismos estéticos, processos e diversidade pictórica em todos os sentidos, se abarcam num itinerário voltado para valores artísticos, educacionais, de intercâmbio e de acervo histórico.

Não é à toa, que, devido ao sucesso nas edições anteriores, foram mantidas as participações de instituições convidadas, a respeito do patrimônio antropológico e de resgate cultural destes povos, envolvidos com maneiras outras de pensar e de se evoluir perante seus percalços e que numa arte plural e desenvolvimentista encontra refúgio.

Como Núcleo Histórico, O Museu Regional de Vitória da Conquista ‘Henriqueta Prates’, ligado à Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, dará suporte e exposição de acervo de peças durante o período da Bienal tento também a Casa Régis Pacheco, órgão administrado pela Secretaria de Cultura da Prefeitura de local, nosso Núcleo Contemporâneo, composto de pinturas, desenhos, instalações, fotografias e novas mídias, provando assim a importância deste projeto com as instituições de ensino, pesquisa, cultura e ciência, como parceria distinta desde o início da Bienal, a quem nos acolheu e deu sua real distinção a este.

A Bienal deste ano entra num parâmetro importantíssimo e rico para o calendário artístico do nosso país, a partir desta região tão riquíssima e eloquente em fantasias e humanismos, e alude ainda a outras bienais espalhadas pelo mundo como fonte de conhecimento e divulgação de obras e artistas de várias nações que encontra e encontrará abrigo nesta edição.

Denilson Conceição Santana
Curador

Vitória da Conquista, palco da III Edição da
Bienal do Sertão de Artes Visuais

Vitória da Conquista na Bahia é a maior cidade interiorana do Sertão. Sua população e 350.284 habitantes, o que a faz dela a terceira maior cidade do estado da Bahia e a quarta do interior do Nordeste. Capital regional de uma área que abrange aproximadamente oitenta municípios na Bahia e dezesseis no norte de Minas Gerais.

O Arraial da Conquista foi fundado em 1783 pelo sertanista português João Gonçalves da Costa, nascido em Chaves em 1720, no Alto Tâmega, na região de Trás-os-Montes. Anteriormente já havia lutado ao lado do Mestre-de-Campo João da Silva Guimarães, líder da Bandeira responsável pela ocupação territorial do Sertão, iniciada em 1752. A origem do núcleo populacional está relacionada à busca de ouro, à introdução da atividade pecuária e ao próprio interesse da metrópole portuguesa em criar um aglomerado urbano entre a região litorânea e o interior do Sertão. Portanto, integra-se à expansão do ciclo de colonização dos fins do século XVIII.

Os relatos mais precisos sobre os índios, os colonizadores, a botânica e os animais que aqui viviam no período da colonização, foram feitos pelo Princípe Maximiliano de Wied Neuwied, naturalista e botânico alemão, no livro “Viagem ao Brasil”, no trecho “Viagem das Fronteiras de Minas Gerais ao Arraial de Conquista”, quando aqui passou em março de 1817.

Vitória da Conquista também se destaca por possuir um setor educacional privilegiado, formado por excelentes escolas conveniadas com as melhores redes de ensino do país, como, por exemplo, o IBEN (Instituto Baiano de Educação de Negócios), conveniado à Fundação Getúlio Vargas, além de contar com várias faculdades, tais como: UCSal, UNIT, FAINOR, FTC, Faculdade Maurício de Nassau, Faculdade Santo Agostinho, UNIP, UNOPAR, UFBA, IFBA, UESB (uma de nossas parcerias apoiadoras da Bienal deste ano) e, futuramente a UFSBA (Universidade Federal do Sudoeste da Bahia), o que a consagra como um importante pólo de educação superior com cerca de 12 mil universitários, não só para o estado da Bahia, como para todo o Brasil.

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A cidade oferece como atrações turísticas o Cristo Crucificado da Serra do Peripiri, de Mário Cravo, executada entre os anos de 1980 e 1983, com as feições do homem sertanejo, sofrido e esfomeado, medindo 15 metros de altura por 12 de largura, a Reserva Florestal do Poço Escuro e o Parque da Serra do Periperi, onde se encontra a espécie endêmica Melocactus conoideus, além de eventos como São João da cidade e o Festival de Inverno da Bahia, O Museu da História Política, Casa de Régis Pacheco, local da exposição do núcleo contemporâneo da Bienal, contém um acervo de quadros e arquitetura preservada da metade do século XX, e o Museu Henriqueta Prates, integrado a UEBS e espaço da Exposição do Núcleo Histórico desta edição da Bienal.

Entre os atrativos turísticos da cidade, encontra-se o “Poço Escuro”, uma reserva florestal sob administração do poder público, com diversas trilhas e flora e fauna preservadas. Na Serra do Peripiri nasce o Rio Peripiri, em torno do qual João Gonçalves da Costa fundou a Arraial da Conquista, em 1783.

Vitória da Conquista tem um clima tropical de altitude por causa da elevação da cidade, com média de 923 m e mais de 1.100 m nos bairros mais altos. Por isto, é uma das cidades mais amenas das regiões Norte e Nordeste do país, registrando temperaturas inferiores a 10°C em alguns dias do ano.

Característica forte da curadoria nesta edição, o tema “Unindo sertões’ reinvidica, explora e re-traduz, em base da etimologia do termo ‘sertão’, que condensa várias hipóteses para a origem e cunhagem do mesmo, ao qual pode derivar da expressão “desertão” (ou seja, “deserto grande”), utilizada pelos portugueses para se referir às regiões despovoadas da África Equatorial, ou pode provir do quimbundo muchitum, “mato”. Pode vir de Domingos Afonso Sertão, que, em 1676, teria recebido uma sesmaria às margens do rio Gurgueia, no atual estado do Piauí, no Brasil. À vila de Sertã, Portugal, pode haver referência. Já a utilização do termo para se referir ao interior da região Nordeste do Brasil popularizou-se a partir da publicação do livro ‘Os Sertões’, de Euclides da Cunha, em 1902, que retratou a região.

Já o ‘sertanismo’ é uma atividade exercida por sertanistas, exploradores que se aventuram pelo interior do sertão brasileiro, em busca de conquistas, riquezas ou com interesses sobre beleza natural. No período colonial brasileiro, eram normalmente chamados de bandeirantes e foram os principais responsáveis pela extensão das fronteiras do país, fazendo-as chegar à sua configuração atual.

No século XX, a palavra ‘sertanista’ passa a designar o indivíduo que conhece profundamente a parte do território mais afastada das áreas urbanizadas e ainda não colonizada pelos ‘brancos’.

Na Arte Contemporânea, equivale-se a dizer a quem busca no seu objeto de estudo e integra a sua devoção de instinto, espiritualidade, independência, dedicação, produção, percepção e mergulho na paisagem de forma definitiva em torno da obra de arte e saudar, como saudamos aqui, estes importantes artistas e suas obras pela aura e veemência desta exposição.

Artistas participantes:

Carlos Medina
Celise Dalla Costa
Claudia Tavares
Davilym Dourado
Élcio Miazaki
Felipe Bittencourt
Fernando PJ
Gabriel Bicho
Isabelle Santos da Silva
Jean Araújo
Josie Lins
Juliana Pessoa
Lorena da Silva Dantas
Luanna Jimenes
Monique Brandão
Natalia Coehl
Romário Batista
Silvana Mendes
Thales Luz
Yara Pina

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Bienal do Sertão de Artes Visuais
Edição III. Vitória da Conquista, BA.
02 a 31 de outubro de 2017

III Edição da Bienal do Sertão de Artes Visuais. Divulgação.

Programa:

Dia 02 de outubro.
Abertura do Núcleo Histórico no Museu Regional Henriqueta Prates, às 16h.
Abertura do Núcleo Contemporâneo na Casa Régis Pacheco, às 20h.
Visitação até dia 31 de outubro.
Gratuito.

Praça Tancredo Neves, Centro. Vitória da Conquista – BA.

www.bienaldosertao.wix.com/bienaldosertao

1 comentário em “III Edição da Bienal do Sertão de Artes Visuais”

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