Intervenções artísticas dão novas cores ao Moinho Rebouças

Quatro grandes intervenções artísticas começam a dar cores ao Moinho Rebouças, sede atual da Fundação Cultural de Curitiba. Os artistas Cristina Pagnoncelli, Estevan Reder, Wes Gama, Café e Dell Ribeiro iniciaram nesta semana a transformação da fachada do espaço com temas que celebram a cidade, as pessoas e a natureza. Os trabalhos continuam em produção até o próximo domingo dia 21.

Segundo Igor Cordeiro, Superintendente da FCC, a iniciativa tem como objetivo proporcionar para a população experiências artísticas em toda a cidade e chamar a atenção para o turismo como as grandes cidades do mundo já fazem. “Desde que chegamos na FCC, nosso desejo sempre foi trazer as novas linguagens das artes visuais para os espaços públicos. Entendemos como nosso papel incentivar que outros espaços, inclusive privados, possam convidar artistas para a produção de outros grandes murais. O Moinho será o primeiro de uma série de intervenções que faremos em outros pontos da cidade”.

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O primeiro mural pintado foi concebido pela artista visual Cristiane Pagnoncelli, com colaboração do designer Fred Freire dentro do Festival Subtropikal. O lettering blocado foi inspirado na arquitetura do prédio antigo, onde a palavra VIVACIDADE pode ser lida de longe como um quebra-cabeça. As letras sugerem movimento e também podem ser lidas como VIVA (sua) CIDADE. Segundo Cristina, a escolha da palavra VIVACIDADE para estampar a nova fachada da FCC tem relação com o seu desejo para Curitiba. “Vida. Força. Valor. Movimentar a cena, fazer parte, apoiar esse movimento lindo que está sendo o Festival Subtropikal. Quando fui convidada para fazer o mural no Moinho Rebouças fiquei a pensar em qual mensagem eu gostaria de passar. Queria algo simples e direto e que fosse de acordo com o que acredito e venho buscando pra cidade onde vivo”, conta Cristina.

Moinho Rebouças. Foto: Cido Marques.
Moinho Rebouças. Foto: Cido Marques.

“Vanteer”
Uma das fachadas do Moinho Rebouças recebeu o projeto “Vanteer”, do curitibano Estevan Reder, fotógrafo com intensa produção de imagens reproduzidas em lambes espalhados pelo Brasil e América Latina. Estevan Reder se dedica a captar imagens de pessoas anônimas que circulam pelas ruas das grandes cidades, revelando e respeitando suas identidades num sentido amplo, que abrange o estético, o narrativo, o social e o ideológico. Algumas dessas identidades, fotografadas em outras cidades que visitou, estão agora perenizadas nas paredes externas do Moinho.

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As fotos foram impressas e coladas conforme a técnica dos lambes, que surgem como uma das novas linguagens da arte urbana. Os artistas espalham suas imagens e mensagens pelas ruas, fazendo uso apenas de papel, tinta, cola e esfregão.

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Moinho Rebouças. Foto: Cido Marques.
Moinho Rebouças. Foto: Cido Marques.

Tingui
O artista goiano Wes Gama está preparando um grande mural no local, de 216 m2, retratando dois índios brasileiros. Batizado de “O povo brasileiro”, a arte segue em produção dia 21. O título faz referência ao livro homônimo do antropólogo Darcy Ribeiro e ao momento em que o país recebe os Jogos Olímpicos. A escolha em colorir as paredes com índios surgiu após pesquisa de Wes, que se deparou com a informação de que Curitiba tem, em sua origem, os povos indígenas – a tribo Tingui. Os artistas Café e Dell Ribeiro poduzem um grande graffitti na fachada da Rua Engenheiros Rebouças. O tema escolhido pelos grafiteiros foi o empoderamento negro e a natureza.

Serviço:
Intervenções Artísticas no Moinho Rebouças
Data: até domingo, 21 de agosto
Horário: sábado das 14h às 19h

Endereço: Rua Engenheiros Rebouças, 1732

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