Peças que saíram das telas para se tornar referência de estilo e cultura
O cinema nunca se limita à história que está sendo contada. Ele também dita visuais, lança tendências e cria símbolos que atravessam décadas.
Muitas vezes, basta uma roupa para que uma personagem seja lembrada para sempre.
São figurinos que ajudam a contar a trama, mas também ganham vida própria fora das salas de exibição.
Entre vestidos, trajes de época e looks futuristas, alguns se transformaram em ícones culturais.
Eles não só definiram personagens como também influenciaram o jeito de se vestir no dia a dia, nas passarelas e até em festas à fantasia.
Dorothy e o vestido azul em “O Mágico de Oz”
Judy Garland atravessa o arco-íris com um simples vestido de algodão azul e branco, acompanhado dos famosos sapatinhos vermelhos. A peça tinha tudo para ser apenas infantil e delicada, mas virou referência imediata de inocência e coragem. É impossível não associar a jornada de Dorothy àquele figurino, que se tornou um dos mais reconhecíveis do século XX.
Curiosamente, o vestido foi feito em várias versões durante as filmagens. Alguns exemplares chegaram a ser leiloados por valores milionários, reforçando o peso que a moda do cinema pode ter fora das telas.
Marilyn Monroe e o vestido branco em “O Pecado Mora ao Lado”
Basta lembrar da cena sobre a grade do metrô em Nova York. Marilyn segura a saia do vestido branco rodado, enquanto o vento insiste em levantá-la. A imagem correu o mundo, estampou pôsteres, revistas e nunca mais saiu do imaginário popular.
O traje, criado pelo figurinista William Travilla, é um exemplo de como uma peça pode ultrapassar a história do filme. Mesmo quem nunca assistiu à produção sabe identificar a cena, tamanho o impacto cultural. Mais do que moda, o vestido se tornou sinônimo da sensualidade e do glamour dos anos 1950.
Audrey Hepburn e a elegância de “Bonequinha de Luxo”
Na abertura do filme, Holly Golightly observa a vitrine da Tiffany’s com um café na mão. O que realmente fica na memória é o vestido preto longo, assinado por Givenchy. Minimalista, combinado com pérolas e óculos escuros, ele redefiniu o que significa elegância no cinema.
A partir dali, o “pretinho básico” deixou de ser uma peça comum para se transformar em um clássico absoluto da moda. Até hoje, a cena de Audrey Hepburn com o vestido é revisitada em desfiles, editoriais e até fantasias, provando como a força de um figurino pode atravessar gerações.
Rita Hayworth e o vestido de “Gilda”
Rita Hayworth surge de luvas longas e vestido preto de cetim ajustado ao corpo. Basta um movimento de ombro para que a plateia entenda que está diante de uma personagem magnética. O traje elevou a imagem da atriz e deu forma definitiva ao arquétipo da femme fatale.
Esse figurino mostra como o cinema pode condensar, em um único look, toda uma ideia de personagem. A imagem de Hayworth em Gilda influenciou não apenas o cinema noir, mas também a estética de personagens femininas fortes e enigmáticas que vieram depois.
O verde marcante de “Desejo e Reparação”
Entre produções mais recentes, o vestido de seda verde usado por Keira Knightley ganhou um lugar especial. Em uma cena-chave, a peça com corte fluido e costas abertas contrasta com o drama que se desenrola. O figurino conquistou críticos e revistas especializadas, que o elegeram um dos mais belos da história do cinema.
A escolha da cor não foi por acaso. O verde intenso ajuda a destacar a personagem em meio ao cenário e cria um contraste visual que reforça o impacto emocional da sequência. Até hoje, o vestido aparece em listas de melhores figurinos e inspira coleções de moda de época.
A fantasia de conto de fadas em “A Bela e a Fera”
No momento do baile, Bela aparece com um vestido amarelo que se tornou imediatamente reconhecível para gerações de espectadores. Seja na animação de 1991, seja na versão em live-action, a peça simboliza a transformação da personagem.
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O figurino também virou item recorrente em fantasias infantis, festas temáticas e produções de teatro. É um exemplo claro de como uma roupa pensada para o cinema pode se tornar parte da cultura popular, atravessando fronteiras de idade e formato.
O futuro em couro de “Matrix”
Quando Matrix chegou aos cinemas, em 1999, trouxe não só efeitos especiais inovadores, mas também um visual que se espalhou para além das telas. Casacos longos de couro preto, óculos escuros e roupas minimalistas marcaram uma geração.
A estética cyberpunk criada pelos figurinistas ecoou no cotidiano. Em cidades do mundo inteiro, o visual foi reproduzido em baladas, videoclipes e editoriais de moda. Duas décadas depois, ainda é referência quando o assunto é futurismo no cinema.
Cinema E Moda: Um Diálogo Constante
Esses sete figurinos mostram como a roupa pode ser tão poderosa quanto o roteiro. Eles revelam personalidades, ajudam a construir atmosferas e, em muitos casos, moldam tendências fora da tela.
É por isso que pesquisadores e estudantes da faculdade de moda se debruçam sobre esses exemplos. Entender como cada figurino foi pensado, do tecido ao corte, do contexto histórico ao impacto cultural, é compreender também como moda e cinema se alimentam mutuamente.
Referências
O vestido de Rose, em Titanic, os trajes extravagantes de Moulin Rouge! e a opulência de O Grande Gatsby também aparecem em listas de figurinos inesquecíveis.
O cinema transformou roupas em símbolos. Dorothy, Marilyn, Audrey, Rita Hayworth, Keira Knightley, Bela e os heróis de Matrix mostram que um figurino pode atravessar décadas e continuar vivo no imaginário coletivo.
Não são apenas peças de tecido, mas imagens que ajudam a contar histórias e, de quebra, definem estilos. Cada roupa citada aqui é um lembrete de que, no cinema, até os detalhes mais sutis podem se tornar eternos.

Texto elaborado pela equipe da Conversion.
Bela matéria sobre os 7 figurinos mais marcantes da história do cinema!.
E citando o número “7”, me faz também lembrar dos encantadores figurinos de Cleópatra, denominada em sua época de “A sétima” em filme antológico de 1963 , tão bem interpretado pela atriz Elizabeth Taylor..!
Olá, Aloysio!
Muito obrigado pelo seu comentário tão gentil! 😊 É maravilhoso saber que você gostou da matéria e lembrou dos icônicos figurinos de Cleópatra (1963). Realmente, os trajes usados por Elizabeth Taylor marcaram época e ajudaram a transformar o filme em um clássico do cinema. É incrível como o figurino pode contar histórias e se tornar parte da memória cultural de todos nós.
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