Como As Cores Na Decoração Influenciam O Psicológico?

Entenda como as cores no décor podem mudar o humor das pessoas e proporcionar diferentes sensações

As cores podem transformar os espaços, o humor das pessoas, as percepções sobre determinadas coisas e objetos e até influenciar nas temperaturas dos ambientes.

Por isso, a paleta de cores da decoração é uma ferramenta poderosa.

Entendendo os efeitos e os estímulos de cada cor, é possível alterar visualmente dimensões e formas, ressaltar detalhes e até disfarçar imperfeições.

Tudo isso porque diferentes nuances influenciam os seres humanos e seus comportamentos de maneiras distintas.

Para saber como aplicar as cores no décor e oferecer as sensações desejadas, o design de interiores se apropria da psicologia das cores.

Essa área de estudo explora como diferentes tonalidades atuam no cérebro e quais emoções despertam.

Sendo assim, para cada ambiente e componente, pode existir uma cor ideal a ser aplicada na decoração, conforme o humor ou a sensação desejada em cada espaço.

As Cores Na Decoração Influenciam No Psicológico?

As cores são capazes de transmitir mensagens. Logo, elas atuam de várias formas no psicológico, causando efeitos e estímulos.

Cada tonalidade estimula uma parte diferente do cérebro, podendo resgatar memórias ou até instigar desejos.

Por isso, há paletas de cores na decoração que proporcionam maior sensação de espaço, outras que dão energia e algumas capazes de relaxar ou trazer sentimentos melancólicos.

Tudo isso impacta no bem-estar das pessoas que ocupam os ambientes e estão em contato com as cores.

Ambientes claros e brilhantes, por exemplo, fazem um espaço parecer maior. Já os escuros e terrosos são mais aconchegantes e íntimos.

Mas tudo isso não se trata apenas da cor na décor escolhida.

A relação entre as cores e o cérebro e os seus resultados emocionais é algo subjetivo que varia de pessoa para pessoa, cultura para cultura e influências ao redor.

Além de percepções individuais, as cores são vistas e percebidas com base em crenças, contextos sociais, culturais e biológicos. 

Se uma cor, como o violeta, por exemplo, é relacionada ao mundo místico em determinado local, as pessoas influenciadas por este contexto já terão uma percepção prévia e determinados sentimentos relacionados a ela.

Isso é explicado pela psicologia das cores.

A Psicologia Das Cores

Os estudos sobre os efeitos das cores no psicológico começaram há centenas de anos.

Acredita-se que Aristóteles realizou as primeiras observações sobre o tema ao definir a cor como uma propriedade dos objetos.

Depois, no século XVII, Isaac Newton contribuiu para os estudos, descobrindo que o prisma se decompõe em sete cores.

Já no século XIX, o teórico alemão Johann Goethe lançou A Teoria das Cores, em que explorou os efeitos das tonalidades no cérebro humano.

A conclusão das pesquisas é que a cor, que nada mais é do que luz, é uma sensação gerada pelo olho humano.

Ou seja, os diferentes comprimentos de ondas de luz visíveis são captados pelos olhos e interpretados pelo cérebro.

A luz, então, também é primordial neste contexto. A depender da luminosidade de um espaço, as superfícies podem ser percebidas de formas diferentes.

A pureza e a vivacidade de uma cor também podem influenciar nas sensações que ela vai causar, explicam os profissionais formados na faculdade de psicologia. As mais suaves podem dar tranquilidade, enquanto as mais vibrantes, energia.

Por isso, ao entender a psicologia das cores, é possível criar ambientes não só esteticamente agradáveis, mas também funcionais.

A área de estudo também considera as experiências pessoais e o contexto socioambiental e cultural.

O vermelho, por exemplo, é comumente associado à paixão e ao desejo, e, da mesma forma, outras cores também possuem este “significado” atrelado.

• Vermelho: a cor do amor e do coração pode causar efeitos de maior energia. Tem um significado de união e interação. Ao mesmo tempo, como é uma tonalidade intensa, pode ser estimulante e ter impactos na disposição.
• Amarelo: é associado à felicidade e à criatividade. Pode dar a sensação de mais espaço e, por ser a cor do sol, de energia. Por outro lado, pode se associar a episódios melancólicos e depressivos.
• Verde: presente na natureza, a cor verde dá sensação de repouso e tranquilidade, por isso é associada à saúde. Pela relação com as plantas, pode reduzir o estresse e proporcionar relaxamento.
• Laranja: é também uma cor de energia e força, estimulando atividades físicas e disposição.
• Azul: relacionada a água e grandes dimensões, a cor passa sensação de calma e relaxamento. No entanto, devido à grandiosidade, pode ser associada a solidão e tristeza.

Quais Cores São Recomendadas Para Cada Cômodo?

Como explicado, a paleta de cores da decoração precisa ser adequada às necessidades das pessoas, levando em conta as percepções individuais, as memórias e o contexto em que estão inseridas.

Com isso, é possível criar ambientes esteticamente agradáveis e funcionais, que atendem às demandas de cada espaço.

O primeiro passo, então, é entender qual função cada cômodo deve ter e qual sensação se deseja sentir naquele local.

Em espaços de convivência, como salas de estar e de jantar, salas de jogos e lazer, cores quentes e vibrantes são recomendadas, por oferecerem sensação de união, interação e acolhimento.

Vermelho e laranja, por exemplo, são ideais e podem aparecer em móveis ou objetos decorativos. Essas cores, que remetem à energia, também podem ser aplicadas em locais de prática de exercícios físicos.

Já para espaços de descanso, como os quartos ou a sala de estar, podem ter tonalidades de azul e verde. A sensação de relaxamento será maior e o cérebro não receberá tanto estímulo de desejo e ação.

A claridade e os tons das luzes também influenciam os ambientes.

A luz branca em excesso torna o cômodo maior e amplo. Já a luz amarela, ou baixa, é mais acolhedora e intimista.

Texto elaborado pela equipe da Conversion.