EXPOSIÇÃO DE RECORTES – Dinorá Bohrer Silva encontra Adélia Prado

Retalhos – Dinorá Bohrer. Foto: André Cavalheiro.
Retalhos – Dinorá Bohrer. Foto: André Cavalheiro.

Promoção da Maria Rita Caminhos Culturais, tem inauguração no próximo dia 29 de fevereiro uma exposição de tapeçarias de recorte, desenvolvidas nos últimos 15 anos, a partir da relação da artista gaúcha Dinorá Bohrer Silva com a obra poética da mineira Adélia Prado. A coordenação da mostra “Grande Desejo – Dinorá Bohrer Silva encontra Adélia Prado” é de Maria Rita Webster e a curadoria, da crítica de arte Paula Ramos.

A atração fica em cartaz até 2 de abril, na Sala O Arquipélago do Centro Cultural CEEE Erico Verissimo (CCCEV), localizado na Rua dos Andradas, número 1223. O horário de visitação é de terça a sexta-feira, das 10h às 19h, e aos sábados, das 11h às 18h. A entrada é franca.

As peças, sem moldura e expostas nas paredes do espaço, têm dimensões diferentes, em sua maioria com mais de um metro. Os trabalhos são delicados: a técnica consiste em base de tecido, sobre a qual se monta, com retalhos de tecido das mais diversas texturas (desde algodão até organzas e rendas), uma composição de formas que vão presas a mão com pontos de bordado.

“São obras que fui realizando de 2000 até agora. A poesia é que me chamou para a imagem que trabalhei. Foram textos que me bateram de uma forma mais contundente que outros”, conta Dinorá.

Detalhe livros e retalhos –  Dinorá Bohrer. Foto: André Cavalheiro.
Detalhe livros e retalhos – Dinorá Bohrer. Foto: André Cavalheiro.

O catálogo da exposição reproduz 15 das 16 obras expostas, com os poemas que as motivaram. As fotografias são de André Cavalheiro, e os textos são assinados pelo jornalista e humorista Fraga, acerca da tapeçaria de recorte, e pelas professoras-pesquisadoras do Instituto de Artes da UFRGS Paula Ramos, que escreve sobre o encontro entre Dinorá Bohrer Silva e Adélia Prado, e Joana Bosak, sobre a trajetória e obra poética dessa última.

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Conforme a professora Joana, “A palavra é, para Adélia, mãe, esposa, religiosa, o veículo que a conecta a Deus, ao absoluto e ao eterno”. Já Paula Ramos explica um pouco do caminho da artista: “Bibliotecária de formação, Dinorá Maria Bohrer Silva sempre viveu entre livros: primeiro estruturando uma volumosa biblioteca, depois como sócia de uma pequena-grande livraria. Em meio ao trabalho que adorava, queria ter tempo pra ler”.

Utensílios – Dinorá Bohrer. Foto: André Cavalheiro.
Utensílios – Dinorá Bohrer. Foto: André Cavalheiro.

“Potente e sensível, o mergulho realizado por Dinorá Bohrer Silva só aconteceu porque, diferente de um exercício interpretativo, foi um encontro. Um encontro da maturidade, que fez com que ela e nós permaneçamos assim, em estado de poesia”, analisa a crítica de arte.

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Título da mostra: Grande Desejo – Dinorá Bohrer Silva encontra Adélia Prado
Inauguração: 29 de fevereiro, segunda-feira, às 19h

Visitação: 1 de março e 2 de abril de 2016
Sala O Arquipélago | Centro Cultural CEEE Erico Verissimo
Rua dos Andradas, 1223 | Centro Histórico | Porto Alegre, RS
55 51 3226 7974 | www.cccev.com.br

Coordenação | MARIA RITA WEBSTER
Curadoria | PAULA RAMOS
Assistência de curadoria | JOANA BOSAK
Crédito das imagens | ANDRÉ CAVALHEIRO
Promoção | CENTRO CULTURAL CEEE ERICO VERISSIMO | MARIA RITA CAMINHOS CULTURAIS

Dinorá Bohrer Silva | Nascida em 1947, em Novo Hamburgo/RS, onde viveu até os 20 anos. Mudou-se para Porto Alegre e diplomou-se em Biblioteconomia e Documentação, trabalhando nessa área até aposentar-se. Iniciou, então, seu aprendizado na área têxtil junto ao ateliê Maria Rita Caminhos Culturais, onde foi aluna de Francisca Duarte Dallabona na técnica de Tapeçaria de Recorte e, posteriormente, também professora. Cursou a Oficina Fibra e Têxtil no Atelier Livre da Prefeitura Municipal de Porto Alegre e aulas de Papel Machê e Bonecos no Maria Rita Caminhos Culturais. Bibliotecária por formação, seu trabalho como artista sempre foi fortemente influenciado pela literatura.

Adélia Prado | O cotidiano, o feminino e a fé. A importante poetisa mineira completou 80 anos em 2015 e, há décadas, encanta os amantes da poesia, com seu texto lírico, por vezes áspero, mas sempre potente. Entre os prêmios, destaque para o Prêmio Jabuti (1978), na categoria poesia, por O Coração Disparado (1978), e o Griffin Poetry Prize (2014), o maior prêmio de poesia no Canadá e um dos mais importantes do mundo.

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