Filósofo aponta a necessidade do sofrimento para a melhoria da vida humana

O filósofo Fabiano de Abreu acredita que o sofrimento faz parte da vida humana e pode ser crucial para que tenhamos, paradoxalmente, vidas melhores

Fabiano de Abreu. Foto: MF Press Global.
Fabiano de Abreu. Foto: MF Press Global.

Quantas vezes pensamos em maneiras de evitar o sofrimento e a dor em nossas vidas? Muitas. O ser humano em geral busca evitar o sofrimento a todo custo, seja essa dor física ou emocional. Para tudo isso a medicina aponta remédios para amenizar ou evitar a dor, seja com uso de analgésico ou anti-depressivos.

O filósofo Fabiano de Abreu em suas reflexões sobre o tema, afirma que o sofrimento e a dor, além de fazer parte da vida humana e serem inevitáveis, paradoxalmente, podem na verdade nos preparar para dias melhores: “o sofrimento não baterá na nossa porta para nos colocar à prova, ele simplesmente bate pois ‘coisas acontecem’ e dependendo do acaso, podemos ter mais sofrimentos ou não, assim como a felicidade e outros sentimentos. Mas como tudo na vida tem o lado bom, assim como poderá ter o ruim, o sofrimento nos trás experiência e como somos seres adaptáveis, nos acostumamos, que seria o aprender com ele, para que nas próximas vezes, ele não venha com a mesma intensidade”.

Sofrimento

“Nenhuma tristeza é vivida de igual maneira, assim como nenhuma depressão tem a mesma origem, nem é sentida da mesma maneira por todas as pessoas. É como a teoria do caos, nada é igual, tudo é consequência, o acaso cria o ritmo da sequência. Assim como nenhuma onda do mar é exatamente igual a outra. Quando perdemos algo importante, ou alguma coisa nos faz mal, nosso comportamento pode ser estranho para alguns, mas o aspecto no estado de anedonia, é relativo a experiência de dores já vividas pelo indivíduo”, afirma o filósofo.

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Não tema o sofrimento

“O temor ao sofrimento, tem defesas diferentes, dependendo da personalidade. Criar raiva de quem lhe fez mal para esquecê-lo, buscar pontos negativos e que não gostava naquela pessoa e se agarrar nele para se convencer que esquecê-lo o fará bem. Iniciar um processo de indiferença quando acredita não estar sendo notado ou quando como “vingança” movida junto ao orgulho, a raiva o distância a espera que seja procurado.

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A escolha de deixar de sentir para não sofrer, pode ao invés de ser uma proteção, ser o botão do start para uma depressão.

Então o que fazer para não sofrer? Me bloquear, criar raiva, ser indiferente, não me faz sentir a dor e me impulsiona a seguir.

Como tudo na vida tem que ser moderado, temos que refletir sobre esse sentimento burlado. Ter uma consciência dele, os motivos, a razão e seguir em frente com ciência e experiência, mas pronto para enfrentar outros desafios.

Não crer que o sofrimento seja tudo e todos, mas apenas situações, ocasiões, acontecimentos temporários que vão passar. Pois tudo na vida passa. Nada como um dia após o outro”, conclui.

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