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Livros de realismo fantástico para ler ainda em 2021. Divulgação.
Livros de realismo fantástico para ler ainda em 2021. Divulgação.

Livros de realismo fantástico para ler ainda em 2021

Conheça quatro obras incríveis desta corrente artística

O realismo fantástico é uma corrente artística muito presente e pouco conhecida nos romances, poemas, pinturas e obras cinematográficas. Geralmente este movimento forja laços estreitos e aposta no maravilhoso e mágico para transfigurar algo pelo imaginário na qual o racionalismo é rejeitado.

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Existem grandes artistas e obras literárias voltadas ao realismo fantástico, assim, selecionamos quatro delas para vocês conhecerem a corrente artística e se aventurarem em incríveis histórias.

Cem anos de solidão, de Gabriel García Márquez

Sinopse: O livro mais importante de Gabriel García Márquez. Em Cem anos de solidão, um dos maiores clássicos da literatura, o prestigiado autor narra a incrível e triste história dos Buendía – a estirpe de solitários para a qual não será dada “uma segunda oportunidade sobre a terra” e apresenta o maravilhoso universo da fictícia Macondo, onde se passa o romance. É lá que acompanhamos diversas gerações dessa família, assim como a ascensão e a queda do vilarejo. Para além dos artifícios técnicos e das influências literárias que transbordam do livro, ainda vemos em suas páginas o que por muitos é considerado uma autêntica enciclopédia do imaginário, num estilo que consagrou o colombiano como um dos maiores autores do século XX. Em nenhum outro livro García Márquez empenhou-se tanto para alcançar o tom com que sua avó materna lhe contava os episódios mais fantásticos sem alterar um só traço do rosto. Assim, ao mesmo tempo em que a incrível e triste história dos Buendía pode ser entendida como uma autêntica enciclopédia do imaginário, ela é narrada de modo a parecer que tudo faz parte da mais banal das realidades. Gabo, apelido de Gabriel García Márquez, costumava dizer que todo grande escritor está sempre escrevendo o mesmo livro. “E qual seria o seu?”, perguntaram-lhe. “O livro da solidão”, foi a resposta. Apesar disso, ele não considerava Cem anos sua melhor obra (gostava demais de O outono do patriarca). O que importa? O certo é que nenhum outro romance resume tão completamente o formidável talento deste contador de histórias de solitários – que se espalham e se espalharão por muito mais de cem anos pelas Macondos de todo o mundo. Cem anos de solidão é uma obra grandiosa e atemporal, sobre a qual é possível construir diversos paralelos com a nossa própria existência.

A Parca, de Kildary Costa

Sinopse: Perséfone não tem nem vinte anos, mas já viveu uma grande tragédia. Ou melhor, duas. Desnorteada com as mortes repentinas de sua irmã e seu pai, junta-se ao seu irmão, Dionísio, e seus amigos, que especulam sobre o que existe no pós-morte, e começa a desvendar os segredos da comunicação com as almas dos falecidos. Em meio a lembranças, sonhos e redescobertas, Perséfone inicia uma jornada de autoconhecimento à medida que adentra um novo mundo, estranhamente familiar, onde nossas histórias são criadas, percebendo que o destino de todos que conhece está entrelaçado e que o próprio mundo pode estar em risco. Afinal, quem traçou esses caminhos?

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A Casa dos Espíritos, de Isabel Allende

Sinopse: O maior sucesso de Isabel Allende, um clássico do realismo mágico e da literatura latino-americana. A casa dos espíritos é tanto uma emblemática saga familiar quanto um relato acerca de um período turbulento na história de um país latino-americano indefinido. Isabel Allende constrói um mundo conduzido pelos espíritos e o enche de habitantes expressivos e muito humanos, incluindo Esteban, o patriarca, um homem volátil e orgulhoso, cujo desejo por terra é lendário e que vive assombrado pela paixão tirânica que sente pela esposa que nunca pode ter por completo; Clara, a matriarca, evasiva e misteriosa, que prevê a tragédia familiar e molda o destino da casa e dos Trueba; Blanca, sua filha, de fala suave, mas rebelde, cujo amor chocante pelo filho do capataz de seu pai alimenta o eterno desprezo de Esteban, mesmo quando resulta na neta que ele tanto adora; e Alba, o fruto do amor proibido de Blanca, uma mulher ardente, obstinada e dotada de luminosa beleza. As paixões, lutas e segredos da família Trueba abrangem três gerações e um século de transformações violentas, que culminaram em uma crise que levam o patriarca e sua amada neta para lados opostos das barricadas. Em um pano de fundo de revolução e contrarrevolução, Isabel Allende traz à vida uma família cujos laços privados de amor e ódio são mais complexos e duradouros do que as lealdades políticas que os colocam uns contra os outros. Conhecido como obra-prima da literatura latino-americana, A casa dos espíritos apresenta uma narrativa instigante que costura passado, presente e futuro de maneira fluida e elegante. Isabel Allende nos presenteia com personagens ricos em emoção e detalhes bastantes minuciosos a respeito do universo que os rodeia. Um romance atemporal com toques de inspiração na família da própria autora, com certeza é uma obra que precisa estar na estante dos leitores.

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Ficções, de Jorge Luis Borges

Sinopse: Ficções reúne os contos publicados por Borges em 1941 sob o título de O jardim de veredas que se bifurcam (com exceção de “A aproximação a Almotásim”, incorporado a outra obra) e outras dez narrativas com o subtítulo de Artifícios. Nesses textos, o leitor se defronta com um narrador inquisitivo que expõe, com elegância e economia de meios, de forma paradoxal e lapidar, suas conjecturas e perplexidades sobre o universo, retomando motivos recorrentes em seus poemas e ensaios desde o início de sua carreira: o tempo, a eternidade, o infinito. Os enredos são como múltiplos labirintos e se desdobram num jogo infindável de espelhos, especulações e hipóteses, às vezes com a perícia de intrigas policiais e o gosto da aventura, para quase sempre desembocar na perplexidade metafísica. Chamam a atenção a frase enxuta, o poder de síntese e o rigor da construção, que tem algo da poesia e outro tanto da prosa filosófica, sem nunca perder o humor desconcertante. Em Ficções estão alguns de seus textos mais famosos, como “Funes, o Memorioso”, cujo protagonista tinha “mais lembranças do que terão tido todos os homens desde que o mundo é mundo”; “A biblioteca de Babel”, em que o universo é equiparado a uma biblioteca eterna, infinita secreta e inútil; “Pierre Menard, autor do Quixote”, cuja “admirável ambição era produzir páginas que coincidissem palavra por palavra e linha por linha com as de Miguel de Cervantes”; e “As ruínas circulares”, em que o protagonista quer sonhar um homem “com integridade minuciosa e impô-lo à realidade e no final compreende que ele também era uma aparência, que outro o estava sonhando”.

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