Novas exposições da ALFINETE GALERIA passeiam por linguagens e formatos

*Na Sala Um, a brasiliense Raquel Nava expõe ‘Besta Fera Pop Fauna’, mesclando material orgânico e objetos do cotidiano

*Sala Dois recebe o trabalho conjunto da holandesa-uruguaia Diana Blok e da norte-americana Ilene Sunshine com ‘Diálogos Subterrâneos’

A partir das 18h do próximo dia 4 de fevereiro e até 4 de março a ALFINETE GALERIA recebe duas exposições que reúnem o trabalho de três artistas. Na Sala Um, no térreo da galeria, estará a exposição BESTA FERA POP FAUNA, com as mais novas experiências artísticas da brasiliense Raquel Nava. Em seus trabalhos, convivem ossos, crânios e animais taxidermizados justapostos a objetos do cotidiano, como porcelanas e lâmpadas fluorescentes. Uma proposta de reflexão sobre a relação dos humanos com os animais e com a natureza.

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A Sala Dois reúne os olhares da norte-americana Ilene Sunshine e da holandesa-uruguaia Diana Blok em DIÁLOGOS SUBTERRÂNEOS. A mostra aposta na relação entre fotografia e vídeo-instalação e desenhos em duas e três dimensões. Em foco, a presença do humano no mundo e na natureza e a comunhão dos opostos.

A ALFINETE GALERIA funciona às quintas e sextas, das 14h30 às 18h, e aos sábados, das 15h às 20h. Entrada franca.

EXPOSIÇÕES

Besta Fera Pop Fauna

Raquel Nava

Local: Alfinete Galeria – Sala UM

Besta Fera Pop Fauna é como caminhar pelo parque temático do Estranhossauro Rex Semi Sintético tomando seu Guaraná Jesus. Melhor: é como dar um rolé na cópia chinesa da Feira Ver-o-Peso ao som de um technobrega coreano. Plumas, metal, tripas de porco, quadras de squash… O design arrojado do apêndice que brota e se projeta inesperadamente de algum lugar do corpo… A mesa matinal repleta de pudinzinhos de patinhas, mãozinhas de macaco, chocalhos de cobra. Minúsculos crânios aveludados. Brinquedinhos do Paraguai. Passarinhos desconhecidos parados ali, carregando seu fardo, debaixo do móvel, fazendo um calço pra mesa, o peso da vida acumulado nas costas. Tocando nosso disco ao contrário, organizando nossos ossinhos, enfeitando eles’.

Raquel Nava. Foto: Divulgação.
Raquel Nava. Foto: Divulgação.

A exposição é composta de uma série de assemblagens feitas com ossos, crânios e animais taxidermizados justapostos a objetos do cotidiano. A taxidermia é uma técnica de preservação da pele de um animal para monta-lo ou reproduzi-lo em forma de escultura para exibição ou estudo. Nesta exposição, a taxidermia é utilizada de maneira que o animal não é apresentado em sua forma anatômica, mas mostrado como mais um objeto dentro da composição.

A porcelana fria (popularmente conhecida como biscuit) integra alguns dos trabalhos como uma massa cartilaginosa que parece dar continuidade a forma dos crânios e sugerir animais híbridos ou mitológicos. Os objetos apropriados ora se relacionam pela natureza biológica do material, como espanador de penas de avestruz, ora se contrapõem pela sua origem industrial, como utensílios fluorescentes ou fibras óticas que piscam com lâmpada à pilha.

O ciclo da matéria orgânica e inorgânica se altera em relação aos nossos desejos e hábitos culturais. Besta Fera Pop Fauna busca as transmutações de significados da nossa relação com os bichos na natureza e no meio urbano.

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RAQUEL NAVA – Brasília, 1981. Formada em artes visuais pela Universidade de Brasília, onde também concluiu mestrado em Poéticas Contemporâneas, cursou a Faculdade de Filosofia e Letras da Universidade de Buenos Aires. Expõe regularmente desde 2004. Suas obras integram os acervos do Museu Nacional da República, do Centro Cultural Universidade Federal de Goiás, Coleção Sérgio Carvalho e Fundação Boghossian, de Bruxelas.

Diálogos Subterrâneos

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Ilene Sunshine e Diana Blok

Local: Alfinete Galeria – Sala DOIS

Diálogos subterrâneos é uma conversa visual entre Diana Blok (Uruguai/Holanda) e Ilene Sunshine (New York). Blok utiliza a fotografia e a vídeo-instalação como meios, enquanto Sunshine trabalha com desenhos de duas e três dimensões. Apesar das escolhas por materiais diferentes, ambas mantêm um interesse comum pelas manifestações da presença do humano no mundo e na natureza. O trabalho também explora a comunhão dos supostos opostos: masculino/feminino, digital/analógico, geométrico/orgânico, espaço negativo/positivo.

Ilene Sunshine. Foto: Divulgação.
Ilene Sunshine. Foto: Divulgação.

Ainda que as artistas não sejam naturais de Brasília, ambas são atraídas pelas qualidades únicas da cidade e inspiradas pela fusão da construção geométrica com o ambiente natural tropical, onde se impõe o cerrado com suas árvores retorcidas. As fotografias de Blok justapõem a forma humana com as partes de uma árvore em formas provocativas: suas imagens de sementes carregam uma conotação mítica. Sunshine utiliza galhos de árvores encontrados pelo caminho e a terra vermelha de Brasília como seu material de desenho, com a qual altera o espaço da galeria.

Elas se movem a partir de suas trajetórias singulares e de sua intuição para a descoberta de associações e correlações entre diferentes materiais e conhecimentos. Essa mostra é o resultado do encontro e da sinergia entre as duas artistas.

Em Diálogos subterrâneos, cultura e natureza se unem em um espaço comum oferecendo uma experiência visceral onde a percepção se manifesta tanto no corpo como na mente, através de movimentos inusitados, subterrâneos.

Diana Blok. Foto: Divulgação.
Diana Blok. Foto: Divulgação.

DIANA BLOK – Artista visual e fotógrafa nascida em Montevideu, no Uruguai, filha de pai diplomata. Viveu em vários países até se radicar em Amsterdam, na Holanda, em 1974, onde atualmente vive e trabalha. Nos últimos 30 anos, tem lecionado em cursos de mestrado na Holanda e em países como Finlândia, Suécia e Turquia. Alcançou reconhecimento internacional na cena artística, através de seus livros e exposições, nos quais aborda questões relacionadas à identidade de gênero, diversidade sexual, tabus em torno do corpo, dentre outras. Seus projetos foram aprovados em várias ocasiões pela Fundação de Artes Visuais e Arquitetura de Amsterdam e pela Fundação Mondriaan da Holanda.

ILENE SUNSHINE – Vive e trabalha em Nova York desde 1990. Cursou a Escola de Belas Artes da Universidade de Boston, onde se formou, com honra, em 1979, com um BFA em escultura. Em suas obras, utiliza uma grande variedade de materiais, de folhas de árvores e sacos plásticos a brinquedos antigos, explorando a interface natureza/cultura. Seu trabalho tem sido amplamente divulgado nos Estados Unidos e na Europa.

SERVIÇO

Alfinete Galeria CLN 103 bloco B loja 66.
Abertura sábado 04 de fevereiro às 18h.
Em exposição até o dia 04 de MARÇO.
Visitação – quinta e sexta – 14:30h às 18h
sábado 15 às 20h
Entrada franca.

Informações: alfinetegaleria.com.br

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