Sorte ou azar podem estar ligadas ao nosso “estado de espírito” ?

Fabiano de Abreu é Jornalista, Assessor de Imprensa, Filósofo e Escritor. Foto: Gabriela Mello / MF Press Global.
Fabiano de Abreu é Jornalista, Assessor de Imprensa, Filósofo e Escritor. Foto: Gabriela Mello / MF Press Global.

Na minha opinião pensar positivo e ver a vida de uma maneira positiva atrai sorte, e isso não tem nada a ver com misticismo ou crendices. A experiência de vida que tenho tido até aqui diz-me de forma empírica que vemos como sorte os acontecimentos favoráveis, conquistas, e tudo o que possa ser positivo à partir da nossa perspectiva.

Acredito em energia e que recebemos de volta aquilo que entregamos, mas repito, isto nada tem a ver com esoterismo. O facto é que quando pensamos positivamente e agimos para que tenhamos um retorno positivo, então temos sorte, já que as coisas boas acontecerão. É o retorno do que se propaga. Quando somos negativos atraímos o azar, o pessimismo e a negatividade faz com que tenhamos ênfase no azar e focamos nele. Colocamos o azar em evidência e sempre será tema da reclamação de um pessimista.

Se você fizer uma análise um pouco mais detalhada da sua vida e dos acontecimentos que lhe cercaram nos últimos anos, provavelmente chegara a conclusão que que sorte ou azar são construções ao longo da vida de memória que vamos criando. Experiências passadas vão criando mentalidades que podem ser variáveis. Podemos então mudar esse modelo mental e pensar de forma diferente.

Sempre atraímos aquilo que somos, sentimos e pensamos, mas nem todo sentimento é um facto. Não é porque eu penso que sou uma pessoa azarada que realmente o azar vai acontecer, mas se eu acredito naquilo então acabo por contribuir para que assim suceda. Penso que na vida não há sorte nem azar, premio ou castigo, mas consequências das escolhas que são feitas por nós.

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A energia que eu transmito nas palavras que eu utilizo faz toda a diferença. A depender de como abordamos as pessoas, a tônica da voz, a fala, tudo contribui para a reação e a resposta que delas recebemos como retorno. Quando eu vibro otimismo e positividade eu atraio pessoas iguais para a minha órbita, parceiros de vida, e tudo isso contribui para a sorte ou azar. Sorte é quando a competência encontra a oportunidade. É nessas trocas e interações com o outro que construímos a sorte ou o azar na vida.

No aspecto do comportamento, percebo que o que as pessoas sortudas têm em comum é a crença e a postura positiva diante da vida. Por isso elas constroem parcerias que pensam que vai dar certo. Assim como pensamos, sucederá. Se eu acredito na sorte e que vai dar certo eu sempre vou atrair pra minha vida pessoas que pensam igual e que vibram no mesmo lugar, no lugar positivo.

Já em contrapartida, pelo olhar do azar temos que observar qual o nosso maior medo da vida, para neutralizá-lo. Para neutralizar o medo é preciso mudar a chave, o modelo mental. Pessoas que tem depressão crônica podem ganhar no Euromilhões e ainda assim continuarem a sentir-se infelizes. Passada aquela euforia inicial, e voltar ao lugar de origem, da depressão, por causa do modelo mental estabelecido nele.

O pensamento molda a realidade, nosso microcosmos, assim como nossas atitudes. E nossas atitudes moldam a atitude dos outros em relação a nós, e para isso, basta pensar em reciprocidade, como já diz a terceira Lei de Newton: “A toda ação sempre há uma reação de mesma intensidade e direção, porém sentidos opostos.”

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