Angelo Venosa, Eduardo Coimbra, Iole de Freitas, Nuno Ramos e Waltercio Caldas criam obras em homenagem ao Museu do Açude

Lançamento será domingo, 15 de setembro, na maior galeria de arte contemporânea ao ar livre no Rio de Janeiro, localizada na Floresta da Tijuca.

Peças ficarão em exposição na Chácara do Céu e estarão à venda na ArtRio.

Cinco dos mais conceituados artistas contemporâneos vivos brasileiros – Angelo Venosa, Eduardo Coimbra, Iole de Freitas, Nuno Ramos e Waltercio Caldas – vão lançar múltiplos em homenagem ao Museu do Açude, na Floresta da Tijuca. Os artistas, que possuem obras em exposição permanente no local, apresentam as novas peças em uma celebração em 15 de setembro, com entrada franca, no próprio museu, localizado na maior floresta urbana do mundo replantada pelo homem. Depois, os múltiplos seguem para exposição no Museu da Chácara do Céu, em Santa Teresa. Paralelamente, as obras também serão lançados na ArtRio, no estande da Mul.ti.plo Espaço Arte, em 18 de setembro, dia do “preview” da feira.

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O conjunto de trabalhos é constituído por obras novas, inéditas e exclusivas, num projeto fruto da parceria entre a Mul.ti.plo e o Museu do Açude, inaugurado em 1964, na residência e com o acervo do colecionador Castro Maya (1884-1968). Cada artista criará uma série de 15 esculturas de pequeno formato que serão colocadas à venda pela galeria. “Essa parceria é um tributo ao espetacular conjunto de obras permanentes que habita o espaço externo da instituição, que adota aperspectiva de patrimônio integral, aliando o patrimônio cultural ao natural”, diz Vera de Alencar, diretora dos Museus Castro Maya – Ibram – Ministério da Cidadania.

Para a ocasião, cada artista criou um múltiplo de livre inspiração. Angelo Venosa desenvolveu uma peça em bronze que, assim como sua obra permanente no museu, tem relação com a natureza e parte de um molde impresso digitalmente. Com sua capacidade de dar à imagem uma qualidade escultórica, Eduardo Coimbra criou um díptico composto de caixas de luz feitas de aço e fotografia, lembrando o efeito ótico de um retrovisor. Em seus múltiplos, elaborados a mão, um por um, Iole de Freitas buscou referências na série de grandes instalações expostas na Casa Daros, CCBB, Iberê Camargo e no próprio Museu do Açude, usandoo mesmo material utilizado nas obras de lá (policarbonato e aço inox). O trabalho de Nuno Ramos faz uma reverência à Nelson Cavaquinho, unindo a arte popular à alta cultura dos dicionários. Com base nas premissas do seu “Manual da Ciência Popular”, Waltercio Caldas criou um inusitado “aparelho de funcionamento simbólico” ou de “sugestões poéticas”, que será montado pelo próprio espectador, a partir de instruções. “Um múltiplo tem a capacidade de aproximar o público do artista. É uma oportunidade de ter em casa obras notáveis de alguns dos maiores artistas contemporâneos do país”, comemora Vera.

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MÚLTIPLOS

ANGELO VENOSA
Título: Sem título
Ano: 2019
Material: escultura em bronze com pátina (preta)
Dimensões: 24 x 27 x 17 cm
Edição: 15

Angelo Venosa é natural de São Paulo, onde frequenta a Escola Brasil em 1973. Transfere-se para o Rio de Janeiro, no ano de 1974, onde gradua-se em Desenho Industrial pela ESDI (Escola Superior de Desenho Industrial). Nos anos 1980, assiste a cursos na Escola de Artes Visuais do Parque Lage e, em 2007, defende a dissertação de mestrado “Da Opacidade”, na Pós-Graduação da Escola de Belas Artes da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Surgiu na cena artística brasileira na década de 1980 e é um dos poucos artistas egressos da chamada “Geração 80” dedicados à escultura e não à pintura. Desde então lançou as bases de uma trajetória que inclui passagens pela Bienal de São Paulo (1987), Arte Brasileira do Século XX (1987, Musée d’Art Moderne de La Ville de Paris), Bienal de Veneza (1993) e Bienal do Mercosul (2005). Em 2012, o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM RJ) consagrou-lhe uma exposição individual em comemoração aos 30 anos de carreira, que seguiu em itinerância para a Pinacoteca de São Paulo, Palácio das Artes em Belo Horizonte e Mamam em Recife. Em 2013 foi lançado o segundo livro sobre sua obra, também publicado pela Editora Cosac Naify. Hoje o artista conta com várias esculturas públicas instaladas no país: Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (Jardins); Museu de Arte Moderna de São Paulo (Jardim do Ibirapuera); Pinacoteca de São Paulo (Jardim da Luz); Praia de Copacabana / Leme, no Rio de Janeiro; Santana do Livramento, Rio Grande do Sul; Parque José Ermírio de Moraes, em Curitiba e Museu do Açude no Rio de Janeiro.

Obra permanente no Museu do Açude: Ghabaah, 2016 (260 X 220 X 220 cm, madeira revestida com poliuretano)

Site: www.angelovenosa.com

EDUARDO COIMBRA
Título: Congruências
Ano: 2019
Material: aço inoxidável, impressão em backfilm e LEDs
Dimensões: 7,5 X 20 X 12 cm
Edição: 15

Eduardo Coimbra (n. 1955, Rio de Janeiro) vive e trabalha no Rio de Janeiro. Cursou engenharia elétrica e história da arte na PUC-Rio de Janeiro. Coimbra é mais conhecido por suas instalações multimídia site-specific. Seu trabalho se relaciona com espaço de uma maneira ampla, muitas vezes forçando esses limites entre interior e exterior dos espaços institucionais da arte, os limites entre os conceitos de arte, arquitetura e paisagem. Em proximidade com a arquitetura, desenvolveu projetos para espaços habitáveis e pesquisou registros, conceituações e recriações de paisagens, produzindo trabalhos fotográficos, desenhos, colagens, instalações em espaços institucionais, maquetes e projetos para o espaço público. Participou da 29ª Bienal de São Paulo (São Paulo, 2010) e da 3ª Bienal do Mercosul, em Porto Alegre (Porto Alegre, 2001). Entre suas coletivas recentes estão: A experiência da arte (CCBB Brasília, São Paulo, 2014); e Coleção Itaú de fotografia brasileira (Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, 2013). Algumas de suas individuais mais recentes foram: Fatos Arquitetônicos (Galeria Nara Roesler, Rio de Janeiro, 2015); Futebol no Campo Ampliado (Paço Imperial, Rio de Janeiro, 2014); 2 Esculturas (Praça Tiradentes, Rio de Janeiro, 2013); Entre arquitetura e paisagem (Studio X, Rio de Janeiro, 2013); Uma escultura na sala (Casa de Cultura Laura Alvim, Rio de Janeiro, 2015); e Projeto Nuvem (Lexus Hybrid Art Project, Moscou, Rússia, 2013).

Obra permanente no Museu do Açude: Passarela, 2008 (32m, madeira e aço)

IOLE DE FREITAS
Título: Sou minha própria arquitetura
Ano: 2019
Material: aço inox e lâminas de policarbonato jateado e verde.
Dimensões:23,5 X 44 X 29 cm
Edição: 15

Estudou na Escola Superior de Desenho Industrial no Rio de Janeiro (1964 – 1965). De 1970 a 1978 viveu em Milão, Itália, onde trabalhou como designer no Corporate Image Studio da Olivetti. A partir de 1973 produz e expõe seu trabalho artístico. Entre as exposições individuais destacam-se: 9aBienal de Paris (1975); 15aBienal Internacional de São Paulo (1981); exposição itinerante “Cartographies” (1993), Bronx Museum (Nova York), National Gallery (Ottawa, Canadá) e também em Winnepeg (Canadá); Bogotá; Caracas e Madri; Bienal Brasil Século XX (São Paulo, 1994); a individual “O corpo da escultura: a obra de Iole de Freitas”, curada por Paulo Venancio Filho, no Museu de Arte Moderna de São Paulo e no Paço Imperial do Rio de Janeiro (1997); Projeto de instalações permanentes do Museu do Açude, no Rio de Janeiro (1999); individual no Centro de Arte Hélio Oiticica (Rio de Janeiro, 2000), “Iole de Freitas”, no Museu Vale (Vila Velha, 2004), e “Iole de Freitas”, no Centro Cultural Banco do Brasil (Rio de Janeiro, 2005), todas com curadoria de Sônia Salzstein; 5ª Bienal do Mercosul (Porto Alegre, 2005). Em 2007 Iole foi convidada para realizar um projeto específico para a Documenta 12, de Kassel, Alemanha, e em 2008 apresentou seu trabalho na Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre. Em 2009 expôs na Casa França-Brasil (Rio de Janeiro) e na Pinacoteca do Estado de São Paulo, e participou da mostra “O Desejo da Forma” na Akademie der Kunst, em Berlim. Em 2015 Iole ocupou o Espaço Monumental do MAM Rio de Janeiro com a exposição “O peso de cada um”. Em 2016, participa da exposição “Os Muitos e o UM: Arte Contemporânea Brasileira, Coleção Andrea e José Olímpio Pereira. Em 2017 participa da exposição “Modos de ver o Brasil: Itaú Cultural 30 anos”, Oca, Parque Ibirapuera (São Paulo). Sua trajetória encontra-se documentada em vários textos e publicações de renomados críticos de arte. É representada pela Galeria Raquel Arnaud desde 1988.

Obra permanente no Museu do Açude: Sem título, 2012 (14m, policarbonato e cabos de aço)

Site: www.ioledefreitas.format.com

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NUNO RAMOS
Título: Para Nelson IV
Ano: 2019
Material: Dicionário com corte tipográfico, acrílico e espelho.
Dimensões: 21,5 X 28,5 X 5,8 cm
Edição: 15

Nuno Álvares Pessoa de Almeida Ramos (São Paulo, SP, 1960). Escultor, pintor, desenhista, cenógrafo, ensaísta, videomaker. Cursa filosofia na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH/USP), de 1978 a 1982. Trabalha como editor das revistas Almanaque 80 e Kataloki, entre 1980 e 1981. Começa a pintar em 1982, quando funda o ateliê Casa 7, com Paulo Monteiro (1961), Rodrigo Andrade (1962), Carlito Carvalhosa (1961) e Fábio Miguez (1962). Realiza os primeiros trabalhos tridimensionais em 1986. No ano seguinte, recebe do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC/USP) a 1ª Bolsa Émile Eddé de Artes Plásticas. Em 1992, em Porto Alegre, expõe pela primeira vez a instalação 111, que se refere ao massacre dos presos na Casa de Detenção de São Paulo (Carandiru) ocorrido naquele ano. Publica, em 1993, o livro em prosaCujo e; em 1995, o livro-objeto Balada. Vence, em 2000, o concurso realizado em Buenos Aires para a construção de um monumento em memória aos desaparecidos durante a ditadura militar naquele país. Em 2002, publica o livro de contos O Pão do Corvo. Para compor suas obras, o artista emprega diferentes suportes e materiais, e trabalha com gravura, pintura, fotografia, instalação, poesia e vídeo.

Site: www.nunoramos.com.br

Obra permanente no Museu do Açude: Calado I / Calado II, 2002 (4,00 X 1,30m / 5,30 X 3,08m, asfalto, vidro e óleo queimado)

WALTERCIO CALDAS
Título: Filtro de Exemplos
Ano: 2019
Material: MDF e matéria plástica (acrílico)
Medidas: 55 X 30 X 30 cm (montado)
Edição: 15

Waltercio Caldas Júnior (Rio de Janeiro, RJ, 1946). Escultor, desenhista, artista gráfico, cenógrafo. Estuda pintura com Ivan Serpa (1923-1973), em 1964, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ). Entre 1969 e 1975, realiza desenhos, objetos e fotografias de caráter conceitual. Na década de 1970, leciona no Instituto Villa-Lobos, no Rio de Janeiro; é co-editor da revista Malasartes; integra a comissão de Planejamento Cultural do MAM/RJ; participa da publicação A Parte do Fogo e publica com Carlos Zilio (1944), Ronaldo Brito (1949) e José Resende (1945) o artigo O Boom, o Pós-Boom, o Dis-Boom, no jornal Opinião. Em 1979, sua produção é analisada no livro Aparelhos, com ensaio de Ronaldo Brito e, em 1982, no Manual da Ciência Popular, publicado na série Arte Brasileira Contemporânea, pela Funarte. Em 1986, o vídeo Apaga-te Sésamo, de Miguel Rio Branco (1946), enfoca a sua produção. Recebe, em 1993, o Prêmio Mário Pedrosa, da Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA), por mostra individual realizada no Museu Nacional de Belas Artes (MNBA), no Rio de Janeiro. Em 1996, lança a obra O Livro Velázquez e realiza a mostra individual Anotações 1969/1996, no Paço Imperial, Rio de Janeiro, apresentando pela primeira vez seus cadernos de estudos.

Obra permanente no Museu do Açude: O modo azul, 2016 (13,6 X 8,4 X 10,5 m, tinta polisiloxano sobre aço inoxidável polido)

Site: www.walterciocaldas.com.br

MUSEUS CASTRO MAYA

Raymundo Ottoni de Castro Maya (1884-1968) foi industrial, editor de livros, esportista, defensor do patrimônio histórico, artístico e natural cariocas e, especialmente, colecionador de arte. Seu acervo deu origem às duas instituições reunidas nos Museus Castro Maya: Museu da Chácara do Céu, no bairro de Santa Teresa, e Museu do Açude, no Alto da Boa Vista. O Espaço de instalações permanentes do Museu do Açude foi inaugurado em 1999 com curadoria de Marcio Doctors, até 2008, congregando obras de Anna Maria Maiolino, Iole de Freitas, Hélio Oiticica, Lygia Pape, Nuno Ramos, José Resende, Piotr Uklanski e Eduardo Coimbra. A partir de 2010, o circuito de arte contemporânea ao ar livre, que une arte e paisagismo nos 150 mil m2 de Mata Atlântica, incorporou as instalações dos artistas Angelo Venosa e Waltercio Caldas.

SERVIÇO
LANÇAMENTO DOS MÚLTIPLOS NO MUSEU DO AÇUDE
Artistas: Angelo Venosa, Eduardo Coimbra, Iole de Freitas, Nuno Ramos e Waltercio Caldas
Data: 15 de setembro de 2019 (domingo)
Hora: 12h
Local: Museu do Açude
Endereço: Estrada do Açude, 764 – Alto da Boa Vista – Rio de Janeiro
Estacionamento: Gratuito, no próprio museu
Classificação etária: livre
Telefones: +55 21 3433.4990 – 3433-4984
EXPOSIÇÃO DOS MÚLTIPLOS NA CHÁCARA DO CÉU
Data: 25 de setembro a 25 de novembro de 2019
Hora: diariamente, exceto 3ªs feiras, de 12h às 17h
Ingresso: R$ 6,00
Local: Museu da chácara do Céu
End: R. Murtinho Nobre, 93 – Santa Teresa – Rio de Janeiro
Telefone: +55 21 3970-1093
Classificação etária: livre
LANCAMENTO DOS MÚLTIPLOS NA ARTRIO
Data: 18 de setembro de 2019 (quarta feira – dia do previewda ArtRio)
Hora: 18h
Ingresso: R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia). Passaportes para os quatro dias também estão disponíveis no site oficial por R$ 180 (inteira) e R$ 90 (meia).
Local: Marina da Glória – ArtRio – Estande D10 – Mul.ti.plo Espaço Arte
End.: Av. Infante Dom Henrique, S/N – Glória – Pavilhão e Esplanada – Rio de Janeiro
Telefone: +55 21 2555-2200
Classificação etária: livre

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