Encontro #MARé discute os sete anos de existência e o futuro do Museu de Arte do Rio

Evento promovido pelo Instituto Odeon reuniu grandes nomes em tarde de debates sobre o legado e os próximos desafios do MAR

Na tarde desta quarta-feira, 12, o Instituto Odeon promoveu no Museu de Arte do Rio o Encontro #MARé. O evento reuniu nomes importantes do setor para celebrar o legado do MAR nesses 7 anos de existência e discutir caminhos possíveis para o futuro da instituição, um dos principais equipamentos culturais do País.

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Diretor presidente do Instituto Odeon, organização social que faz a gestão do MAR desde a sua abertura, Carlos Gradim abriu o encontro com uma reflexão: “O nome do seminário vem no sentido de reconhecer o sobe e desce das marés que impactam e continuam impactando o MAR, a cidade do Rio e o Brasil. O fluxo das marés traz mudança, renovação e superação e atrai novos ventos e possibilidades permanentes. É assim que preferimos ver tais momentos, refletindo sobre eles e celebrando. Nosso desejo mais verdadeiro é celebrar o que alcançamos juntos nos fluxos das marés cheias e construir soluções para os tempos de maré baixa”.

Em seguida a subsecretária de Cultura do Município do Rio de Janeiro, Roseli Duarte, destacou a importância da Escola do Olhar, como é chamado o programa educativo do museu, que oferece atividades gratuitas para estudantes, professores e visitantes do museu. “Nos últimos meses acompanhamos, desde a chegada do secretário de Cultura do Município do Rio, Adolfo Konder, a incansável luta para que não tivesse nenhum tipo de retrocesso aqui no MAR. Alguns parceiros foram fundamentais, como a Secretaria Municipal de Educação, que chega para reforçar a Escola do Olhar, para que vá além muros e fique ainda mais conhecida e valorizada”. O presidente do Conselho do MAR, Luiz Chrysostomo, e a gerente de Conteúdo da Fundação Roberto Marinho, Deca Farroco, também participaram da abertura.

O primeiro painel do dia, Confluência em “Arte, Educação & Comunidade”, começou com uma palestra introdutória de Janaina Melo, ex gerente de Educação do MAR, mediação de Marcelo Campos, curador chefe do MAR, e participação de Hugo Oliveira, do programa Vizinhos do MAR, e Heloísa Buarque de Hollanda, da Universidade das Quebradas. Na roda de conversa, os participantes destacaram as ações de Paulo Herkenhoff, primeiro diretor cultural do museu e ainda responsável pelo acervo de mais de 30 mil itens, inteiramente formado por doações. A ideia de ampliar as atividades do museu para além das exposições, de dar igual importância à educação e de criar espaços de escuta, trazida por Paulo, continua norteando a equipe do MAR. “É preciso saber que papéis o museu deve assumir perante a sociedade. Por isso, é importante, durante o processo de curadoria, dialogar e discutir com o público aquilo que se pretende transmitir na programação”, afirmou Marcelo.

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O segundo painel teve como tema “Excelência em gestão, inovação e desafios da sustentabilidade financeira”. O conselheiro do Instituto Odeon, Bruno Pereira, mediou o debate entre a chefe do Departamento de Desenvolvimento Urbano, Cultura e Turismo do BNDES, Luciane Gorgulho, o diretor Presidente do IDG (OS responsável pelo Museu do Amanhã), Ricardo Piquet, e a gerente de Museus da Secretaria Municipal de Cultura do Rio, Heloísa Queiroz. Na mesa, o assunto da vez foram os fundos patrimoniais (endowments), mecanismo financeiro que vem sendo adotado por instituições em busca de sustentabilidade. “O endowment permite pensar a longo prazo, pois o dinheiro é aplicado financeiramente e a instituição passa a viver dos rendimentos da aplicação. Mas para construir esse modelo é preciso trabalhar primeiro o modo de gestão e governança da instituição já que, no momento de captar as doações, essa é a primeira informação que o doador vai querer saber”, observou Luciana.

Fechando o Encontro #MARé, o painel “Desafios Futuros: Perspectivas de modelos de Gestão de instituições culturais no Brasil” também contou com uma palestra introdutória de Carlos Gradim. O diretor Presidente do Instituto Odeon lembrou que o MAR foi o primeiro museu do Rio gerido uma OS e destacou pontos positivos desse modelo administrativo, como capacidade operacional; flexibilidade na contratação de mão-de-obra terceirizada especializada, continuidade dos trabalhos; captação direta de recursos e diversificação das fontes; mobilização de parcerias institucionais e gestão pautada por metas, resultados e indicadores. O debate foi mediado pela representante do Museu Vivo, Lucimara Letelier, e contou com a participação do diretor da Japan House e ex presidente do IBRAM, Marcelo Araújo, e da diretora do Grupo Estação, Adriana Rattes.

Para encerrar o seminário, o grupo de passinho Imperadores da Dança realizou uma performance para os presentes, que também experimentaram os Quitutes da Luz, que participa do programa Vizinhos do MAR.

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O Museu de Arte do Rio – MAR

Uma iniciativa da Prefeitura do Rio em parceria com a Fundação Roberto Marinho, o MAR tem atividades que envolvem coleta, registro, pesquisa, preservação e devolução à comunidade de bens culturais. Espaço proativo de apoio à educação e à cultura, o museu já nasceu com uma escola – a Escola do Olhar –, cuja proposta museológica é inovadora: propiciar o desenvolvimento de um programa educativo de referência para ações no Brasil e no exterior, conjugando arte e educação a partir do programa curatorial que norteia a instituição.

O MAR é gerido pelo Instituto Odeon, uma organização social da Cultura. O museu tem o Grupo Globo como mantenedor, a Equinor como patrocinadora master e o Itaú e o IRB Brasil RE como patrocinadores por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

A Escola do Olhar conta com o apoio da Icatu Seguros e do Machado Meyer Advogados via Lei Federal de Incentivo à Cultura. O MAR conta também com o apoio do Governo do Estado do Rio de Janeiro e realização do Ministério da Cidadania e do Governo Federal do Brasil, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

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