Filósofo aponta que o medo da mudança é um dos principais empecilhos para criar novas oportunidades

A insatisfação é um dos sentimentos mais comuns desta era. Emprego, relações e estilo de vida são exemplos de áreas onde o sentimento se instala e em muitos casos, pouco se faz para reverter a situação.

O escritor e filósofo Fabiano de Abreu aponta que o cultivo deste sentimento, mesmo havendo formas de revertê-lo, se deve a zona de conforto, que apesar do nome, pode não ter nada de confortável. Há segundo ele uma predisposição a se condicionar a problemas que poderiam facilmente ser resolvidos caso o indivíduo tomasse as rédeas da própria vida e assumisse os riscos de se aventurar em novos espaços.

O grande problema é que optar por abster-se da mudança e se render ao lugar de conforto diminui as chances de novas oportunidades aparecerem, pois coisas boas só acontecem quando há espaço para elas. “Temos apenas uma vida e se não dedicarmos cada minuto de tempo que temos para vivê-la da melhor maneira possível, mais a frente sentiremos falta do que não vivemos ou protelamos em viver. Tem gente que não vive, sobrevive”, analisa.

Reclamar da vida, cultivar o mau humor e não ter motivação são sintomas muito comuns em pessoas que seguem esse modo pensar e segundo o escritor, estas estão fadadas a sobreviver à chatice que impuseram a própria vida. “Elas evitam as mudanças necessárias aproveitar a existência com plenitude. Parece até que se viciaram na tristeza e na reclamação e não conseguem se livrar dessas atitudes negativas”.

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Apesar da relutância inicial, reverter a situação é tão simples quanto possível e adotar estratégias que ajudem a programar a mente para pensar de maneira mais ambiciosa podem ajudar. “Encare etapas da vida como capítulos de livros, que ao virar de uma página se encerram, mas abrem novos caminhos e possibilidades. Ter noção que nosso percurso é finito nos traz maiores responsabilidade, portanto, viver de forma mais equilibrada e saudável, faz-se necessário”, garante.

As mudanças não necessariamente precisam ser grandes para que possam ser significativas. Alterar pequenas coisas durantes o dia e abandonar hábitos ínfimos já podem melhorar e muito a qualidade de vida e as relações interpessoais. Pesquisar novos conteúdos, enxergar o outro lado de uma questão e mudar o jeito de fazer coisas que já entraram no automático são alguns exemplos. Aos mais radicais, mudar de emprego, de cidade e até mesmo alterar o padrão de relacionamento podem ser os impulsos necessário para construir uma vida diferente.

“Só você tem o poder de fazer as mudanças para que sua vida fique cada vez melhor. Precisamos abrir os olhos e entender que a vida é um presente, e que temos que aproveitá-la da melhor maneira possível. Sabendo fazer as melhores escolhas e mantendo a lucidez para bancar as consequências de cada uma delas”, elucida Fabiano de Abreu.

Transformar o campo das relações interpessoais também deve ser uma possibilidade a se cogitar, já que a forma como se conduzem amizades e relacionamentos amorosos pode influenciar o jeito de pensar e conduzir a vida. “Estamos sempre a interagir com gente. Gente de todos os tipos. Gente que nos inspiram e arrancam de nós o melhor. Mas também gente que nos contamina e adoece. Saber escolher o melhor pra nós, é o ponto crucial para a nossa felicidade”, garante.

A ponderação deve ser minuciosa e cautelosa para que haja êxito. Por isso, o filósofo recomenda refletir bastante sobre as relações, mas não exitar em se afastar de quem e do que for preciso quando necessário. O poder de mudança e escolha não depende de ninguém e para que finalmente se viva livre de verdade e em estado de plenitude, é necessário assumir a responsabilidade de que o indivíduo é o único responsável por si mesmo.

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