Helena d’Avila – “E todas as perspectivas da arte”, por Edmundo Cavalcanti

Edmundo Cavalcanti é Artista Plástico, Colunista de Arte e Poeta.
Edmundo Cavalcanti é Artista Plástico, Colunista de Arte e Poeta.

1- Onde você nasceu? E qual sua formação acadêmica?

Nasci em Porto Alegre RS.

Faculdade de Artes Plásticas UFRGS.

Pós Graduação em Produção Cinematográfica PUCRS.

2- Como e quando se dá o seu primeiro contato com as Artes?

Venho de uma família de artistas, desde criança frequento vernissages, inclusive uma de minhas tias era dona de Galeria, sempre gostei desses encontros, mesmo sendo muito pequena.

3- Como surgiu ou você descobriu este dom?

Sempre escrevia e fazia ilustração para minhas estórias no jardim de infância e início da alfabetização, mais importante pra mim era o cenário da estória, sempre criando ambientes desenhados para as redações de escola.

Helena d'Avila é Artista Plástica.
Helena d’Avila é Artista Plástica.

4- Quais são suas principais influências?

Tenho muitas influências, adorava ver exposições do Iberê Camargo, conterrâneo ilustre, já na faculdade de Artes, Ufrgs, tive contato com outros feras da pintura, me encantei com Willem de Kooning, com o Grupo COBRA, de pintura mais abstrata, outra paixão foi conhecer a obra de Anselm Kiefer.

5- Quais os materiais que você utiliza em suas obras?

Costumo usar tinta acrílica, mas também trabalho com gesso, massa corrida e me utilizo de colagem, às vezes. Conforme o momento da pintura, ela própria me diz o que devo usar, respeito este diálogo.

6- Como é o seu processo criativo em si? O que te inspira?

São muitas as inspirações, às vezes em uma viagem observo imagens que me atraem aí desenho ou fotografo, uma pesquisa que sempre tenho é o tempo, a memória, quando percebo que aquela imagem de viagem não está mais ali, vejo a possibilidade de dar outro contexto à pintura, costumo brincar, jogar com esta qualidade que temos de transgredir a própria imagem gravada, faço sobreposições de outras imagens e fotos de outros tempos e locais, ainda que na mesma pintura, mas outro contexto crio um cenário imaginário para a realidade que será exposta em um mesmo espaço e tempo. Este jogo de perspectivas e mundos paralelos me fascina.

7- Quando você começou efetivamente a produzir ou criar suas obras?

Eu ainda estava na Faculdade de Artes, nos anos 90, participava de Salões Nacionais e Internacionais, já entrava em exposições de jovens artistas e emergentes, tudo na área institucional, havia ótimas oportunidades naquela época, era a única forma de jovens artistas entrarem em contato com curadores e galeristas de todos os lugares.

8- A arte é uma produção intelectual primorosa, onde as emoções estão inseridas no contexto da criação, porém na historia da arte, vemos que muitos artistas são derivados de outros, seguindo técnicas e movimentos artísticos através do tempo, você possui algum modelo ou influência de algum artista? Quem seria?

Tive vários mentores, professores e artistas que convivi e admirava, Daniel Senise foi uma influência para muitos jovens aspirantes às ARTES visuais, já gostava muito do trabalho dele e fiz um curso de inverno, quando terminou eu só queria ir para o ateliê e pintar como ele rsrs, mas também fui bastante influenciada por Leda Catunda, meu lado POP que ainda me acompanha em alguns momentos.

9- O que a arte representa para você? Se você fosse resumir em poucas palavras o significado das Artes na sua vida…

Arte é a minha forma de expressão, quando pensei em ser profissional já havia cursado psicologia, filosofia e pedagogia, mas senti que poderia fazer a diferença no pensar do outro com artes visuais, percebi logo que minha vocação era essa e não apenas um hobby. Hoje percebo o quanto a arte altera pensamentos e emoções, a arte vibra em um terreno onde a própria psicanálise trabalha, com isso posso transformar angústias, traumas, política social, ou seja, a Arte tem poder curativo no expectador, de alguma forma… mesmo que mexa nas entranhas doídas.

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10- Quais as técnicas que você usa para expressar suas ideias, sentimentos e percepção a cerca do mundo? (Se é através da pintura, escultura, desenho, colagem, fotografia… ou usa várias técnicas no sentido de fazer um mix de formas diferentes de arte).

Acho que qualquer forma de arte é possível de se trabalhar, desde que tenhamos habilidades para desenvolver, já fiz exposições de fotos, objetos, cenários para teatro, direção de arte em filmes, já trabalhei com intervenções de rua, grafites, enfim, minha pintura é apenas uma das formas de me expressar, ainda que tenha outras, a pintura pra mim é algo sublime, o lugar que posso ser verdadeira com maior desenvoltura.

11- Todo artista tem seu mentor, aquela pessoa a quem você se espelhou que te incentivou e te inspirou a seguir essa carreira, indo adiante e levando seus sonhos a outros patamares de expressão, quem é essa pessoa e como ela te introduziu no mundo das artes?

Minhas tias artistas, Helena Maya d’Avila e Liana d’Avila Brandão, me incentivaram desde criança.

12- Você tem outra atividade além da arte? Você dá aulas, palestras etc.?

Atualmente dedico tempo integral ao meu ateliê.

13- Suas principais exposições nacionais e internacionais e suas premiações? (Mencione as 5 mais recentes)

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Territórios Adulterados, individual no MACRS Porto Alegre/RS curadoria Ana Zavadil.

Paisagem (in) Certa SUBTE, MONTEVIDEO Uruguai.

Rumos Itaú individual Brasília.

II Premio Gunter de Pintura – MAC Ibirapuera São Paulo.

ArtExpoNewyork Marcelo Neves Art Gallery. Sp-Sp. @marcelonevesartgallery.

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Lançamento do livro – Fumproarte e exposição do Grupo 3×4 visita Bolsa de Arte Porto Alegre/RS.

Exposição A Condição Básica – Fundação Vera Chaves Barcellos Viamão/RS.

Próxima exposição individual Museu Luiz de Queiroz em Piracicaba – SP, curadoria Carlos Augusto Rossi de Almeida.

14- Seus planos para o futuro?

Pretendo melhorar, aprender, estudar e trabalhar cada vez mais para que minha arte tenha um significado maior, consciente de que é transformadora e formadora de opiniões.

Em sua opinião qual é o futuro da arte brasileira e dos seus artistas? (no contexto geral) e porque tantos artistas estão dando preferência em mostrar seus trabalhos em exposições internacionais apesar dos altos custos?

Diante da crise que estamos vivendo no país, acho que tem muitos artistas enfrentado com grande motivação, muitas feiras, muitas novas galerias, o mercado é só um detalhe, o que move um artista é a vontade de fazer, de se expressar, penso que temos muitos bons artistas em formação, residências e cursos, tudo indo para um plano de construção e desenvolvimento cultural. Crises são provas que devemos passar, não será a última e nem foi a primeira, motivo para trabalhar sempre temos. O que vejo é um interesse maior pelos artistas da América Latina, Africa e Asia, isso causa uma motivação, Americanos e Europeus investindo em nós Brasileiros, mais do que investimos em nosso país.

Tenho percebido que algumas galerias tradicionais estão encerrando as atividades. Os artistas estão dando preferência para expor em Espaços Culturais. Em sua opinião qual seria a causa?

Espaços Culturais são subsidiados e trabalham com editais, isso torna mais viável e também é uma forma de legitimar um artista, ele passa a ser aceito em uma plataforma de confiança, sendo este o objetivo em ser contemplado por grandes galerias num futuro próximo.

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EDMUNDO CAVALCANTI
São Paulo – Brasil
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