Lélia Accioli – “Arte pode fazer pensar, pensar pode fazer mudar…”, por Edmundo Cavalcanti

Edmundo Cavalcanti é Artista Plástico, Colunista de Arte e Poeta.
Edmundo Cavalcanti é Artista Plástico, Colunista de Arte e Poeta.

1- Onde você nasceu? E qual sua formação acadêmica?

Nasci em Santos, SP.

Sou graduada em Arquitetura e Urbanismo pela PUCCAMP e Técnica em edificações pela UNITAU. Sou também Designer Gráfica e fotógrafa (escola de artes e design Arquitec, instituto IDEA, Neopix, entre outros).

Estudei artes, música e ballet no “Conservatório de Música e Artes Plásticas Carlos Gomes”, em Campinas-SP, “Conservatório de Música e Artes Plásticas Maestro Fego Camargo”, em Taubaté-SP e vários cursos livres em diversas localidades.

2- Como e quando se dá o seu primeiro contato com as Artes?

Acho que nasci com a arte dentro de mim rsrs, adorava cinema e cresci rodeada de livros diversificados. Os de arte me encantavam e as imagens me agradavam, mas não me bastavam, elas me incitavam a aprender a ler e entender os artistas e suas mensagens. Essa vontade de arte e de entendê-la em seu contexto, me levaram a busca por outros ramos do conhecimento.

Lélia Accioli é Artista Plástica.
Lélia Accioli é Artista Plástica.

3- Como surgiu ou você descobriu este dom?

Aos 6 anos peguei tintas, pincéis e uma tela pequena de minha mãe, que “pintava por hobby”- como dizia – e reproduzi uma tela que eu gostava, de uma enciclopédia, acho que “Gênios da pintura”. Logo que meus pais viram, fui matriculada no conservatório “Carlos Gomes” para iniciar meus estudos de artes.

4- Quais são suas principais influências?

Do acadêmico ao abstrato, o surrealismo, hiper-realismo, tudo…

Filosofia, psicologia, literatura em geral, ciências… tudo me influencia direta ou indiretamente.

Sempre estou com a mente aberta para tudo que possa me acrescentar algo.

5- Quais os materiais que você utiliza em suas obras?

De acordo com a ideia da obra escolho o material e técnica adequados para executá-la. Utilizo uma variedade de materiais e superfícies, isolados ou em combinação: papel, tela, tinta a óleo, acrílica, aquarela, bronze, pedra talco, mármore, sucata ou qualquer outro material.

6- Como é o seu processo criativo em si? O que te inspira?

Crio minhas obras em meio ao alvoroço psicológico das multidões, inspiro-me no ser humano, seus conflitos e peculiaridades. Sou uma artista predominantemente surrealista, mas diante da complexidade da vida não imagino prender-me a uma só linguagem ou estilo artístico para traduzi-la. Tenho uma produção simultaneamente diversificada.

7- Quando você começou efetivamente a produzir ou criar suas obras?

Reproduzir obras e retratar o mundo visível para aprender foi aos 6 anos.

Expô-las foi aos 12, criar realmente foi só aos 14 anos, quando comecei a me sentir apta a “tentar” produzir algumas das imagens de minha mente.

Aos 25/26 anos iniciei minha produção escultórica, ingressando no “Atelier Cristina Roese” e me tornando integrante do extinto “Grupo Individualidade”. Tive a alegria e o incentivo de receber menção Honrosa pela minha primeira escultura.

Ao longo da carreira tive várias interrupções na produção artística devido as minhas outras atividades profissionais, mas nunca parei de criar e sempre que posso procuro aprender mais e me aprimorar.

Gosto do conceito: “Dedicar-se a ser melhor a cada dia, melhor que ontem e não melhor que ninguém”. Sempre há algo a aprender, a compartilhar e cada um tem seu espaço no universo.

8- A arte é uma produção intelectual primorosa, onde as emoções estão inseridas no contexto da criação, porém na historia da arte, vemos que muitos artistas são derivados de outros, seguindo técnicas e movimentos artísticos através do tempo, você possui algum modelo ou influência de algum artista? Quem seria?

Admiro a criatividade além de seu tempo de Hieronymus Bosch, o intelecto e técnica de Leonardo da Vinci, a liberdade criativa de Salvador Dalí e em parceria com Gala, a sua compreensão e uso do marketing. Também a sensibilidade e talento de Camille Claudel, Goya, Toulouse-Lautrec, Ron Mueck, entre outros.

Considerando meu foco no ser humano, a filosofia, literatura, psicologia, matemática, física quântica… Nietzsche, Khalil Gibran, Sartre, Allan Kardec, Lacan… tudo influencia e reflete em minhas obras.

9- O que a arte representa para você? Se você fosse resumir em poucas palavras o significado das Artes na sua vida…

Arte é vida… arte pode fazer pensar, pensar pode fazer mudar…

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10- Quais as técnicas que você usa para expressar suas ideias, sentimentos e percepção a cerca do mundo? (Se é através da pintura, escultura, desenho, colagem, fotografia… ou usa várias técnicas no sentido de fazer um mix de formas diferentes de arte).

Parto do vislumbre mental da obra, a partir disso escolho o material e a técnica para execução.

11- Todo artista tem seu mentor, aquela pessoa a quem você se espelhou que te incentivou e te inspirou a seguir essa carreira, indo adiante e levando seus sonhos a outros patamares de expressão, quem é essa pessoa e como ela te introduziu no mundo das artes?

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Impossível pensar em um só nome. Tive a felicidade de conhecer muitos ao longo da vida, eles moram no meu coração:

– Mestres: Narege, Nelson Braga Jr., Emanuel Rubin, Bernardete Lima, Nazareth Ferrari…

– Curadores/marchands: Maria dos Anjos Oliveira, Carlos Augusto Rossi de Almeida, Sandra Honors, Lícia Simoneti…

Agradeço aos profissionais que tanto se esforçam com seu trabalho em prol das artes; e acima de tudo agradeço aos meus pais, que me possibilitaram o acesso às artes, conhecimento, enfim… a tudo.

12- Você tem outra atividade além da arte? Você ministra aulas, palestras etc.?

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A arte é o que amo. Arquitetura e Design eu adoro e é do que sobrevivo.

Já tentei dar aulas, mas não sou muito boa com rotina rsrs. Prefiro frequentar livremente ateliers e trocar conhecimentos e ideias.

13- Suas principais exposições nacionais e internacionais e suas premiações? (Mencione as 5 mais recentes)

Últimas exposições:

  • 2019 – Exposição coletiva “Além Fronteiras”, em “Anjos Art Gallery”, Porto-Portugal.
  • 2018 – Exposição coletiva “Com licença eu vou à luta”, em Mercure Hotel Paulista, São Paulo-SP.
  • 2018 – Exposição coletiva “Blue & Blues”, em Espacio Uruguay, São Paulo-SP. 2018 – Exposição coletiva “Olhar mais além”, em JOH MABE Espaço Arte & Cultura, São Paulo-SP.
  • 2017 – Exposição coletiva “Valorizando a Arte”, em Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, SP.

Últimas premiações:

  • 2018 Medalha Paladino das Artes Plásticas 2018, Prêmio Pincel de Ouro 2018 e Comenda Defensor do Patrimônio Histórico e Cultural Brasileiro FEBLACA – Federação Brasileira dos Acadêmicos das Ciências, Letras e Artes.
  • 2017 – Títulos Honoríficos – Doutora Honoris Causa em Artes Plásticas e Premio Pincel de Ouro 2017, FEBLACA – Federação Brasileira dos Acadêmicos das Ciências, Letras e Artes.
  • 2016Membro acadêmico da CONBLA-Confederação Brasileira de Letras e Artes.
  • 2016 Salão de Arte Brasileira do Principado de Liechtenstein – Triatlhon olímpico, em Vaduz – (medalha de bronze – categoria pintura temática).

14- Seus planos para o futuro?

Pretendo continuar criando, aprendendo e executando arte para sempre.

15- Em sua opinião qual é o futuro da arte brasileira e dos seus artistas? (no contexto geral) e porque tantos artistas estão dando preferência em mostrar seus trabalhos em exposições internacionais apesar dos altos custos?

Particularmente, como meu objetivo é acima de tudo mostrar meu trabalho ao maior número de pessoas e se possível tocar-lhes a alma, fazer sentir e/ou pensar, sempre busco a visibilidade onde ela esteja no momento.

Temos que utilizar todos os recursos disponíveis, o que estiver ao nosso alcance. Pela amplitude de público, acho apropriado investir nas capitais e também internacionalmente. Mas, também considero essencial participar e valorizar os salões de arte e iniciativas locais nas cidades do interior do país.

Sobre divulgação virtual, confesso que considero o impacto de olhar uma obra virtualmente muito diferente de “ao vivo”. Todavia é um recurso muito necessário e abrangente.

Sobre o futuro da arte no Brasil, felizmente tenho recursos de minhas outras profissões, mas compreendo e me solidarizo com a necessidade dos artistas que vivem da arte, vender para sobreviver e infelizmente quanto menos ampla a cultura/educação/renda do local/país menos se adquire arte e quanto mais culto e próspero mais a arte deixa de ser uma aquisição/contemplação supérflua.

Quanto à arte brasileira, sou uma pessoa otimista, torço por um Brasil próspero e de cultura abundante.

Site: (em construção)

Facebook: (em construção)

Instagram: @leliaaccioliartes (em construção)

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EDMUNDO CAVALCANTI
São Paulo – Brasil
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Colunista no Site Obras de Arte
E-mail: cavalcanti.edmundo@gmail.com

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