Nova coletiva da Galeria Base reúne 15 Artistas Nordestinos

“O olho que aponta não é o mesmo que vê” destaca uma produção brasileira que dialoga entre si através de um ponto de vista regionalista e de uma linguagem contemporânea

A Galeria Base inaugura “O olho que aponta não é o mesmo que vê”, composta por 32 obras – colagens, desenhos, gravuras, fotografias e pinturas – de Abraham Palatnik, Almandrade, Antônio Dias, Christian Cravo, Emanoel Araújo, Falves Silva, José Cláudio, José Rufino, Macaparana, Marcelo Silveira, Márcio Almeida, Marco Ribeiro, Mário Cravo Neto, Montez Magno e Sérvulo Esmeraldo, sob curadoria de Paulo Azeco. A coletiva toma como referência o conceito de Hipermodernidade proposto pelo filósofo francês Gilles Lipovetsky, e subvertendo qualquer noção regionalista, reúne 15 artistas nordestinos de gerações distintas, os quais, cada um à sua forma, apresentam uma arte global, contemporânea e contextualizada.

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Nesta nova coletiva da Galeria Base, destaca-se uma produção brasileira que dialoga entre si através de uma linguagem contemporânea, representando uma arte universal e condizente com seu tempo. Trabalhos criados a partir das raízes desses artistas, e que perfaz um refinado e distinto imagético visual. “Se no início do século passado, em resposta à Semana de Arte Moderna (1922), tivemos a ‘Fase Heroica’ com os Movimentos Pau­Brasil (1924), Verde­Amarelo (1926) e o Antropofágico (1928), resultado da equação dos dois primeiros, 90 anos depois a produção artística brasileira flui de maneira naturalmente simbiótica. Pode se dizer que, sempre pautada no imaginário popular, trata-­se de uma das regiões onde a força estética é talvez o veio mais forte com a sua influência intrínseca regional sem ser, necessariamente, regionalista”, comenta Paulo Azeco.

O olho que aponta não é o mesmo que vê” diz respeito a um olhar eurocêntrico que predominou no nosso país por diversas gerações, inspirado na cultura européia e focado na produção da elite artística que se concentrava no sudeste, e que por anos não viu ou menosprezou a riqueza dos artistas do nordeste brasileiro – região de onde saíram alguns dos nomes mais reconhecidos atualmente, como Antônio Dias, Marcelo Silveira e Sérvulo Esmeraldo.

Tomando a Hipermodernidade como um enaltecimento da cultura moderna, dos novos meios de comunicação em massa, e especialmente da ideia equivocada de estar cada vez mais conectado, enquanto a solidão continua sendo o sentimento maior, notamos que a produção desses artistas do Nordeste brasileiro está alinhada com este conceito. Neste sentido, o curador destaca: “Muitos dos artistas da exposição possuem fortes carreiras internacionais, provando que comunicação de massa e a aldeia global pode sim ser de grande valia na produção artística. Contudo, é importante ressaltar que isso é valido quando o olho presta atenção em si mesmo antes de enxergar o mundo e, nisso, os nomes dessa exposição fizeram com maestria. Uma exposição de artistas conterrâneos que abraça um mundo”.

Exposição: “O olho que aponta não é o mesmo que vê”
Artistas: Abraham Palatnik, Almandrade, Antônio Dias, Christian Cravo, Emanoel Araújo, Falves Silva, José Cláudio, José Rufino, Macaparana, Marcelo Silveira, Márcio Almeida, Marco Ribeiro, Mário Cravo Neto, Montez Magno e Sérvulo Esmeraldo
Curadoria: Paulo Azeco
Coordenação: Fernando Ferreira de Araújo e Daniel Maranhão
Abertura: 20 de outubro de 2018, sábado, das 15 às 18h
Período: 22 de outubro a 23 de novembro de 2018
Local: Galeria Base – www.galeriabase.com/
Endereço: Av. 9 de Julho, 5593/11 – Jardim Paulista – São Paulo/SP
Telefone: (11) 3071-3614
Horários: Terça a sexta-feira, das 14 às 19h; Sábados, apenas com agendamento – contato@galeriabase.com.br
Número de obras: 32
Técnicas: Colagens, desenhos, gravuras, fotografias e pinturas
Dimensões: Variadas
Preço: de R$ 8.000,00 a R$ 350.000,00

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Assessoria de Imprensa – Balady Comunicação – Silvia Balady/ Zeca Florentino
Tel.: (11) 3814.3382 – contato@balady.com.br

Abraham Palatnik (Natal, Rio Grande do Norte, 1928)

Artista cinético, pintor, desenhista. Em 1932, muda-se com a família para a região onde, atualmente, se localiza o Estado de Israel. De 1942 a 1945, estuda na Escola Técnica Montefiori em Tel Aviv e se especializa em motores de explosão. Inicia seus estudos de arte no ateliê do pintor Haaron Avni (1906-1951) e do escultor Sternshus e estuda estética com Shor. Freqüenta o Instituto Municipal de Arte de Tel Aviv, entre 1943 e 1947. Retorna ao Brasil em 1948, e se instala no Rio de Janeiro. Convive com os artistas Ivan Serpa (1923-1973), Renina Katz (1925) e Almir Mavignier (1925). Com este último frequenta a casa do crítico de arte Mário Pedrosa (1900-1981) e conhece o trabalho da doutora Nise da Silveira (1905-1999), no Hospital Psiquiátrico do Engenho de Dentro. O contato com os artistas e as discussões conceituais com Mário Pedrosa fazem Palatnik romper com os critérios convencionais de composição, abandonar o pincel e o figurativo e partir para relações mais livres entre forma e cor. Por volta de 1949, inicia estudos no campo da luz e do movimento, que resultam no Aparelho Cinecromático, exposto em 1951 na 1ª Bienal Internacional de São Paulo, onde recebe menção honrosa do júri internacional. Em 1954, integra o Grupo Frente, ao lado de Ivan Serpa, Ferreira Gullar (1930), Mário Pedrosa, Franz Weissmann (1911-2005), Lygia Clark (1920-1988) e outros. Desenvolve a partir de 1964 os Objetos Cinéticos, um desdobramento dos cinecromáticos, mostrando o mecanismo interno de funcionamento e suprimindo a projeção de luz. O rigor matemático é uma constante em sua obra, atuando como importante recurso de ordenação do espaço. É considerado internacionalmente um dos pioneiros da arte cinética.

Almandrade (São Felipe, BA, 1953)

Vive e trabalha em Salvador, Bahia. Artista plástico, arquiteto, mestre em desenho urbano, poeta e professor de teoria da arte das oficinas de arte do Museu de Arte Moderna da Bahia e Palacete das Artes. Participou de várias mostras coletivas, entre elas: XII, XIII e XVI Bienal de São Paulo; “Em Busca da Essência” – mostra especial da XIX Bienal de São Paulo; IV Salão Nacional; Universo do Futebol (MAM/Rio); Feira Nacional (S.Paulo); II Salão Paulista, I Exposição Internacional de Escultura Efêmeras (Fortaleza); I Salão Baiano; II Salão Nacional; Menção honrosa no I Salão Estudantil em 1972. Integrou coletivas de poemas visuais, multimeios e projetos de instalações no Brasil e exterior. Realizou cerca de trinta exposições individuais em vários Estados. Tem trabalhos em vários acervos particulares e públicos, como: Museu de Arte Moderna da Bahia, Museu Nacional de Belas Artes (Rio de Janeiro), Museu da Cidade (Salvador) e Pinacoteca Municipal de São Paulo, Museu Afro (São Paulo), Museu de Arte do Rio Grande do Sul e Brazil Godlen Art.

Antônio Dias (Campina Grande, PB, 1944 – Rio de Janeiro, RJ, 2018)

Artista visual e multimídia. Passa a infância em cidades do Nordeste brasileiro e aprende técnicas de desenho com o avô paterno. Em 1958, muda-se para o Rio de Janeiro e trabalha como desenhista e artista gráfico. Sua primeira exposição individual acontece em 1962, na Galeria Sobradinho, Rio de Janeiro. Participa da mostra Opinião 65, marco do surgimento do novo realismo nas artes. No mesmo ano, colecionadores e o crítico francês Pierre Restany (1930-2003) organizam uma individual de Dias na 4a Bienal de Paris. Nesse período, produz trabalhos em videotape, distribuídos pelos Arquivos Históricos da Bienal de Veneza. Em 1968, é contratado pelo Studio Marconi, em Milão, onde conhece a arte povera1. Em 1972, recebe a bolsa Guggenheim, em Nova York. De volta à Europa, é convidado pelo artista alemão Joseph Beuys (1921-1986) para coordenar a seção latino-americana da Free International University (FIU). Em 1974, produz uma grande instalação no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ). No ano seguinte, participa do Festival of Expanded Media, em Belgrado, Sérvia, com The Illustration of Art: Economy. Em 1977, viaja para o Nepal e pesquisa técnicas de produção de papel, que resulta em série de trabalhos de grande formato e na publicação do álbum Trama. Em 1978, realiza ambientes com técnicas cinematográficas no Palazzo Reale de Milão e na mostra Arte & Cinema, de Veneza. De volta ao Brasil, coordena o Núcleo de Arte Contemporânea da Universidade Federal da Paraíba (NAC/UFPB), ao lado do crítico Paulo Sergio Duarte (1946). Retorna a Milão em 1981 e aproxima-se do movimento transvanguardia. Em 1988, é bolsista do Deutscher Akademischer Austausch Dienst (DAAD), em Berlim. Em 1992, torna-se professor da International Summer Academy of Fine Arts, em Salzburgo, Áustria. No ano seguinte, leciona na State Academy of Fine Arts, em Karlsruhe, Alemanha, e, em 1997, no programa de pós-graduação dos Ateliers Arnhem, na Holanda. Em 2010, transfere-se para o Rio de Janeiro, onde prossegue intensa produção.

Christian Cravo (Salvador, BA, 1974)

De mãe dinamarquesa e de pai brasileiro, foi criado num ambiente artístico na cidade de Salvador, Bahia. Foi introduzido no mundo das artes desde uma idade tenra. No entanto, só começou suas experiências com a técnica fotográfica aos onze anos de idade, enquanto morava na Dinamarca, lugar onde passou toda sua adolescência. Em 1993, interrompe suas pesquisas fotográficas para cumprir o serviço militar nas forças armadas dinamarquesas. Com vinte e dois anos, volta ao Brasil sua terra natal, quando começa a ficar profundamente entrosado com a máquina fotográfica. Ao longo dos últimos vinte anos, Christian conseguiu ver seu trabalho reconhecido, não apenas no nível nacional, mas também internacionalmente, por meio de exposições no Museu de Arte Moderna da Bahia, no Throckmorton Fine Art em Nova Iorque, na Billedhusets Galeri em Copenhague, no Ministério da Cultura em Brasília, Instituto Tomie Ohtake e Museu Afro Brasil, ambos em São Paulo e em exposições coletivas como na Witkin Gallery em Nova Iorque, na S.F. Camera Works Gallery na Califórnia, na bienal Fotofest em Houston e no Palais de Tokyo em Paris. Recebeu prêmios do Museu de Arte Moderna da Bahia, e do Mother Jones International Fund for Documentary Photography. Além de bolsas de pesquisa da Fundação Vitae e da Fundação John Simon Guggenheim para sua pesquisa sobre a água e a fé. Em 2016 foi premiado pela APCA (associação Paulista de Críticos de Arte) pela melhor exposição fotográfica de 2015. Já foi indicado para prêmios internacionais como o Paul Huff (Holanda 2007) e o Prix Pictet (Suiça/Reino Unido, 2008 e 2015 e 2016). Seu primeiro livro “Irredentos” foi publicado em 2000 e em 2005 e seu segundo livro “Roma noire, ville métisse” foi publicado em Paris, por Autrement. Outros livros de sua autoria são: “Nos Jardins do Éden” 2010, “Exú Iluminado” 2012, “CHRISTIAN CRAVO”, editado pela prestigiada editora Cosac & Naify em 2014 e “MARIANA” 2016. Atualmente vive em São Paulo, é casado e pai de três filhas.

Emanoel Araújo (Santo Amaro da Purificação, BA, 1940)

Escultor, desenhista, ilustrador, figurinista, gravador, cenógrafo, pintor, curador e museólogo. Aprende marcenaria com o mestre Eufrásio Vargas e trabalha com linotipia e composição gráfica na Imprensa Oficial, em Santo Amaro da Purificação, Bahia. Realiza sua primeira exposição individual em 1959. Na década de 1960, muda-se para Salvador e ingressa na Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia (UFBA), onde estuda gravura com Henrique Oswald (1918-1965). Em 1972, é premiado com medalha de ouro na 3ª Bienal Gráfica de Florença, Itália. Recebe, no ano seguinte, o prêmio de melhor gravador, e, em 1983, o de melhor escultor, da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA). Entre 1981 e 1983, instala e dirige o Museu de Arte da Bahia (MAB), em Salvador, e expõe individualmente no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp). Em 1988, é convidado a lecionar artes gráficas e escultura no Arts College, na The City University of New York. De 1992 a 2002, exerce o cargo de diretor da Pinacoteca do Estado de São Paulo (Pesp) e é responsável pela revitalização da instituição. É, entre 1995 e 1996, membro convidado da Comissão dos Museus e do Conselho Federal de Política Cultural, instituídos pelo Ministério da Cultura. Desde 2004, é curador e diretor do Museu Afro-Brasil, em São Paulo, com obras de sua coleção.

Falves Silva (Cacimbas, PB, 1943)

É um dos artistas precursores do movimento Poema/Processo, ao lado de nomes como Moacyr Cirne, Wlademir Dias Pino, Álvaro de Sá e Neide Sá, participando em 1967 de seu manifesto inaugural. Em 1981 participa da XVI Bienal de São Paulo, com curadoria de Walter Zanini. A partir da década de 1980, se associa à rede internacional de Arte Postal, mantendo-se em intenso e profícuo diálogo com artistas de distintas gerações e nacionalidades, dentre os quais Jota Medeiros, Ivald Granato, Leonhard Frank Duch, Paulo Bruscky, Hudinilson Jr, Clemente Padín, Edgardo Antonio Vigo, Ulises Carrión e Horácio Zabala. Tem seus trabalhos exibidos na International mail art exhibition, Tóquio, Japão, em 1984, e na II Bienal de Arte Correio, Espanha, em 1999. Mais recentemente, o artista teve sua exposição individual “Círculo do Tempo”, retrospectiva de sua carreira, apresentada no Centro Cultural São Paulo. A produção de Falves Silva pode ser pensada como uma convergência de dois dos principais eixos da arte brasileira: os movimentos concretos e a arte conceitual. O artista dialoga com a literatura, o cinema e a história em quadrinhos; manipulando estruturas comunicativas e imagens da história da arte e da comunicação de massa, Falves Silva cria sua obra diversificando a abordagem e o tratamento dos materiais que elegeu.

José Cláudio (Ipojuca, PB, 1932)

Pintor, desenhista, gravador, escultor, crítico de arte e escritor. Em 1952, José Cláudio, ao lado de Abelardo da Hora (1924-2014), Gilvan Samico (1928-2013) e Wellington Virgolino (1929-1988), entre outros, funda o Ateliê Coletivo da Sociedade de Arte Moderna do Recife (SAMR). Posteriormente, em Salvador, José Cláudio é orientado por Mario Cravo Júnior (1923), Carybé (1911-1997) e Jenner Augusto (1924-2003). Viaja para São Paulo em 1955, onde inicialmente trabalha com Di Cavalcanti (1897-1976), estudando também gravura com Livio Abramo (1903-1992) na Escola de Artesanato do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP). Realiza pinturas de caráter figurativo, retratando cenas regionais e paisagens do Nordeste; evita, porém, o caráter pitoresco ao destacar o diálogo com a abstração, a simplificação formal, e o uso livre da pincelada. Integra o movimento Poema/processo (1967-1972) com a sua série “Carimbos”. Em 1975, o artista participa da importante expedição à Amazônia, promovida pelo Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (MZ/ USP), registrando em vários desenhos a óleo diversos aspectos regionais que resultou no livro “100 telas, 60 dias e um diário de viagem”. Principais exposições do artista: Salão Paulista de Arte Moderna (1956) | Bienal Internacional de São Paulo (1957) | Bienal Internacional de São Paulo (1959) | Bienal Internacional de São Paulo (1961) | Bienal Internacional de São Paulo (1963) | Panorama de Arte Brasileira – MAM (1969) | Panorama de Arte Brasileira – MAM (1983) | Bienal Internacional de São Paulo (1985) | Panorama de Arte Brasileira – MAM (1993) | Exposição Retrospectiva – MEPE (2009) | Pernambuco Experimental – MAR (2015) | Exposição Carimbos, de José Cláudio – MAMAM (2017) Carimbos – José Cláudio – Projeto Repertório, Galeria Base, SP-Arte (2018).

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José Rufino (João Pessoa, PB, 1965)

Vive e trabalha em João Pessoa. Desenvolveu sua jornada artística passando da poesia para a poesia-visual e, em seguida, para a arte-postal e desenhos, nos anos 80. O universo do declínio das plantações de cana-de-açúcar no Brasil conduziu seu trabalho inicial em desenhos e instalações com mobiliário e documentos de família e institucionais. Filho de ativistas políticos presos pela ditadura do regime militar brasileiro nos anos 60, o artista é também muito conhecido pelos seus impressionantes trabalhos de caráter político. Ultimamente, tem realizado incursões na linguagem cinematográfica e desenvolve cada vez mais um trabalho misto de monotipias/móveis/objetos e instalações. O diálogo dicotômico entre memória e esquecimento contamina seu trabalho por completo. Em 2012 participação na SP-Arte, Divortium Aquarum na Sala A Contemporânea, no CCBB/Rio de Janeiro; Em 2011, expôs a obra 28.01.79 no 12º Festival de Areia, em Areia-PB; e Divortium Aquarum, como artista convidado do Prêmio Energisa de Artes visuais, em João Pessoa-PB; Em 2010, expôs Aenigma na Galeria Milan em São Paulo; Blots & Figments, no Museu Andy Warhol, em Pittsburgh, EUA; e Faustus, no Palácio da Aclamação, em Salvador. Participou da 25ª Bienal Internacional de São Paulo e de exposições coletivas como Caminhos do Contemporâneo, no Paço Imperial (Rio de Janeiro), ambas em 2002; da ARCO – Feira Internacional de Arte Contemporânea, em Madri, Espanha, em 2001; e de L’Art dans le Monde, no Pont Alexandre III, Paris, em 2000. Realizou exposições individuais na galeria Virgílio em São Paulo, no ano de 2008; na Galeria Amparo 60 e no Museu de Arte Contemporânea (MAC) de Niterói, em 2005; no Museu Vale, Vila Velha – ES, em 2003; na Adriana Penteado Arte Contemporânea, São Paulo, em 1998; e no Espaço Cultural Sérgio Porto, Rio de Janeiro, em 1996. As investigações mais recentes do artista tratam da falência irreversível do corpo e das memórias.

Macaparana (José de Souza Oliveira Filho, Macaparana, PE, 1952)

Pintor, desenhista e escultor. Autodidata, inicia sua carreira como pintor figurativo. Realiza sua primeira mostra individual em Recife, em 1970, na Galeria da Empresa de Turismo de Pernambuco (Empetur). Em 1972, muda-se para o Rio de Janeiro e em 1973 para São Paulo, onde se instala definitivamente. Durante cerca de 10 anos expõe nas duas cidades trabalhos que tematizam o ex-voto. Em 1983, o contato com Willys de Castro (1926-1988), expoente do neoconcretismo e decisivo para a mudança de seu trabalho. Participa da 21ª Bienal Internacional de São Paulo em 1991. Suas exposições, individuais e coletivas, já estiveram em São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Brasília, México, Japão, Nova York e Londres. Em 2009 realiza exposição individual de esculturas, pinturas e desenhos na Galeria Cayon, em Madri, e participa da coletiva Materia Gris, na mesma galeria.

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Marcelo Silveira (Gravatá, PE, 1962)

Escultor. Cresce na propriedade rural dos pais, o Engenho Amora Grande, e muda-se para o Recife em 1979. Freqüenta a Oficina Guaianases, em Olinda, entre 1982 e 1985, onde inicia sua formação artística. Estuda educação artística na Universidade Federal de Pernambuco – UFPE, entre 1985 e 1990. Nesse período, abre ateliê em Gravatá, sua cidade natal, e desenvolve atividades com crianças da região. Em 1990, Silveira realiza a exposição individual Engenho de Objetos, na Itaugaleria de Belo Horizonte, e visita uma exposição de Arthur Bispo do Rosario (1911 – 1989), no Museu da Pampulha, que se torna uma importante referência em sua obra. Reside em Barcelona durante três meses de 1992, e freqüenta a Escola Massana de Artes. Nos anos de 1995 e 1996, retoma suas atividades como arte-educador, iniciadas com o ateliê de Gravatá, trabalhando com a criação tridimensional em universidades e centros culturais. Em 2000, Silveira inaugura o projeto Correcaminhos, com o qual transfere seu ateliê para diferentes cidades do interior pernambucano e troca conhecimentos com os artesãos que encontra. Participa, em 2005, do Ano do Brasil na França e da 5ª Bienal do Mercosul, em Porto Alegre.

Márcio Almeida (Recife, PE, 1963)

Trabalha e reside em Recife. Artista multimídia, iniciou sua carreira na década de 1980 e, desde então, desenvolve seu trabalho utilizando variados suportes: pinturas, desenhos, gravuras, objetos, fotografias, vídeos, instalações, inclusive algumas destinadas a intervenções urbanas. Em sua trajetória, realizou exposições individuais e coletivas, em museus e galerias no Brasil e no exterior. Suas obras figuram nos acervos de importantes instituições do Brasil, como: Pinacoteca do Estado de São Paulo, Museu de Arte Moderna – MAM / SP (Grupo Carga e Descarga) Comodato – Museu de Santa Catarina, Museu de Arte Moderna Aluizio Magalhães. MAMAM – Recife/PE, Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul – MACRG – Porto Alegre/RS, Museu de Arte Contemporânea Dragão do Mar – Fortaleza/CE, Museu de Arte do Rio de Janeiro – MAR – Rio de Janeiro/RJ, Centro Cultural São Paulo – São Paulo/SP.

Marco Ribeiro (Guanambi, BA)

Há 16 anos firmou residência em Fortaleza. Já atuou como designer e diretor de arte e desde 2015 dedica-se exclusivamente ao ofício artístico. Sobre o papel, o artista cria grafismos em técnicas diversas como o desenho em nanquim e aquarela, a fotografia expandida, a escultura, experimentações com cimento e linha de algodão. Destacam-se as séries Escritos sobre Constâncio (2016/2017), Ponto de Fuga (2016/2017), Linhas Projetantes (2017), Cartas que escrevi pra mim (2017) e o projeto Desconcreto (2015/2016). Dedica-se também ao curso de Arquitetura e Urbanismo, escolha que dialoga bastante com seu trabalho artístico. Integrou, em 2015, a exposição coletiva Elementa, em que apresentou sua série Mineralia, na Galeria Contemporarte, em Fortaleza/CE, em 2017, a exposição Conexões, na Galeria Vicente Leite e a XIX Unifor Plástica, ambas na capital cearense. Em 2016, realizou duas exposições individuais: Homônima, na Galeria Karla Osorio (Brasília/BSB), e Estrutural, na Galeria Contemporarte.

Mário Cravo Neto (Salvador, BA, 1947 – Salvador, BA, 2009)

Fotógrafo, escultor e desenhista. Recebe as primeiras orientações no campo do desenho e da escultura de seu pai, Mario Cravo Júnior. Acompanhando o pai, que participa do programa Artists on Residence, patrocinado pela Ford Foundation, viaja para Berlim em 1964. Nessa cidade mantém contato com o artista italiano Emilio Vedova e com o fotógrafo Max Jakob. Em 1968, muda-se para Nova York e estuda na Arts Students League, com orientação de Jack Krueger, um dos precursores da arte conceitual na cidade. Nesse período, realiza a série de fotografias em cores On the Subway e produz suas primeiras esculturas de acrílico. Retorna ao Brasil em 1970. Sofre um acidente automobilístico em 1975, e interrompe sua atividade profissional por um ano. Posteriormente, dedica-se à fotografia de estúdio, cria instalações e realiza trabalho fotográfico com temática relacionada ao candomblé e à religiosidade católica. Publica, entre outros, os livros Ex-Votos, 1986, Salvador, 1999, Laróyè, 2000, Na Terra sob Meus Pés, 2003, e O Tigre do Dahomey – A Serpente de Whydah, 2004. Recebe o Prêmio Nacional de Fotografia da Fundação Nacional de Arte – Funarte, em 1996, o Price Waterhouse, no Panorama da Arte Brasileira do Museu de Arte Moderna de São Paulo – MAM/SP, em 1997; e o prêmio de melhor fotógrafo do ano da Associação Paulista dos Críticos de Arte – APCA, São Paulo, em 1980, 1995 e 2005.

Montez Magno (Timbaúba, PE, 1934)

Pintor, escultor, artista intermídia, escritor e ilustrador. Estuda desenho e pintura, entre 1953 e 1966. Em 1957, realiza sua primeira exposição individual no Instituto dos Arquitetos do Brasil, em Recife. A partir de 1960, publica artigos e pesquisas sobre arte em jornais brasileiros. Torna-se bolsista do Instituto de Cultura Hispânica entre 1963 e 1964, o que lhe permite viajar por vários países da Europa. Com o Prêmio recebido no I Salão Global do Nordeste, viaja para Europa e Argélia a estudos em 1975. De volta ao Brasil, leciona escultura na Universidade Federal da Paraíba. Ilustra o livro O Diabo na Noite de Natal, de Osman Lins, e vários livros de sua própria autoria.

Sérvulo Esmeraldo (Crato, CE, 1929 – Fortaleza, CE, 2017)

Escultor, gravador, ilustrador, pintor. No início de sua carreira artística, dedica-se à xilogravura. A partir de 1947, em Fortaleza, freqüenta a Sociedade Cearense de Artes Plásticas (SCAP) e mantém contato com Inimá de Paula (1918-1999), Antonio Bandeira (1922-1967) e Aldemir Martins (1922-2006). Nesse período tem aulas de pintura com Jean-Pierre Chabloz (1910-1984). Em 1951 trabalha na montagem da 1ª Bienal Internacional de São Paulo. Após o encerramento da Bienal, passa a residir em São Paulo, exerce a função de gravador e ilustrador no Correio Paulistano e tem contato com Marcelo Grassmann (1925) e Lívio Abramo (1903-1992). Em 1956, funda o Museu de Gravura, na cidade de Crato, Ceará. Em 1957, realiza individual no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP) e viaja para a Europa com bolsa do governo francês. Em Paris estuda litografia na École Nationale Supérieure des Beaux-Arts [Escola Nacional Superior de Belas Artes] e tem acesso às obras raras da Bibliothèque Nationale de France, o que lhe permite estudar a gravura de Albrecht Dürer (1471-1528) por dois anos. Com orientação de Johnny Friedlaender (1912-1992), inicia seu trabalho de gravura em metal, publicado por editores europeus. Em meados dos anos 1960, integra o movimento da arte cinética, quando realiza as obras Excitáveis – quadros e objetos movidos pela eletricidade estática. Retorna ao Brasil em 1978, fixa-se em Fortaleza e dedica-se à arte pública. Idealiza na capital cearense a Exposição Internacional de Esculturas Efêmeras, da qual é curador em 1986 e 1991.

Paulo Azeco (Goiania, GO, 1983)

Goiano, 35 anos, graduado em Artes Visuais – Design Gráfico pela Universidade Federal de Goiás, com ênfase em fotografia modernista brasileira. Trabalhou com Thomaz Farkas. Especialista em Artes Aplicadas pela École Boulle em Paris e pós-graduação em curadoria e museologia. Em 2011, desenvolve o projeto curatorial da Galeria Impar, em São Paulo, e em 2012 inaugura o Gris Escritório de Arte, com foco em arte contemporânea e intercâmbio artístico entre Brasil e Bélgica. Trabalhou por dez anos no grupo Micasa, foi diretor artístico da Galeria Houssein Jarouche. Atua como curador independente.

Galeria Base

Fundada por Daniel Maranhão e Fernando Ferreira de Araújo em 2016, a galeria participou de feiras, ampliou sua sede e, em março de 2017, inaugurou seu espaço atual. Daniel abriu a GaleriaSete, em 2012, em Recife. Fernando é colecionador de arte e artista plástico, atua também como art dealer desde que se mudou para Nova York, em 2003. Ao criarem a Galeria Base, possuem o propósito de atuar tanto no setor primário, com representação de novos artistas e fazendo exposições em seu espaço, participando de feiras nacionais e internacionais, como também trabalhar com obras de artistas já estabelecidos, constantes em seu acervo.

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