"Fenêtres indiscrètes, je vois ce que tu vois?"

Ocupação fotográfica de Marilou Winograd abre no Centro Cultural Correios RJ

Curiosidade, indiscrétion ou recherche de communication? Objet d'une recherche menée au cours de 18 mois, "Fenêtres indiscrètes, je vois ce que tu vois?", individuel de Marilou Winograd, teve início no isolamento decorrente da pandemia. Recolhida, com o universo visual reduzido, a geometria das janelas e a nova geometria dançante que se estabelecia ao anoitecer, com os pequenos pontos de luz piscando na escuridão, aguçaram o olhar da artista. Sob curadoria de Alexandre Murucci, a ocupação fotográfica é produzida por Carlos Bertão e Alê Teixeira e será aberta no dia 11 Juin, Samedi, au Centro Cultural Correios RJ.

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“Numa Copacabana desértica, silenciosa e triste, o apelo do surgir de cada farol aceso aquecia minha solidão à procura de alguma vida pulsando, nas sombras e silhuetas sugeridas. Comecei a fotografar todas as noites em diversos horários estes espaços iluminados, isolados, pequenos universos de calor e energia. Quantas historias e vidas em suspenso, ensemble, mas separadas…", relembra Marilou Winograd.

Poltrona, mesinha e dois bancos altos, um em cada janela, farão parte da sala redonda Proa. Serão usadas ao todo 20 ampliações grandes, medindo 100cm x 150cm, além de cerca de 150 fotos menores (30cm x 40cm), que serão sobrepostas. Haverá uma ação performática no dia da vernissage.

"Em sua crônica de um tempo difícil, Marilou parte de fotos de ambiência hooperniana, onde ausências se transformam em personagens, até chegar em imagens difusas, expérimental, comodamente situadas na tradição fotográfica brasileira, de artistas como José Oiticica Filho e Geraldo de Barros.Quase abstratas, sont, não apenas sua abordagem pictórica, mas também seu testemunho existencial, uma potência que reverbera intensamente em sua janela não-discreta. Uma janela que bradou por vida, enquanto a vida ficou suspensa, transmutando-se em arte pelo seu olhar. Olhar este que nos indaga, humanamente ‘Eu vejo o que você vê?« », analisa o curador Alexandre Murucci.

"Fenêtres indiscrètes, je vois ce que tu vois?", segundo Alexandre Murucci

A obra de Marilou Winograd sempre foi pautada por atmosferas e memórias. Mesmo quando a subjetividade de sua composição formal se impõe, há um claropsicologismosobre nossa recepção da realidade que propõe. Trabalhando com fotografias e a expansão de suas faturas em objetos e instalações em grande parte do corpo de sua produção, a artista mantém um rigoroso vocabulário plástico, à la fois, suave e vigoroso. Na mostra que agora apresenta, Marilou nos traz um compêndio visual que mapeou sentimentos comuns à maioria das pessoas, neste período incomum do que foi a vida durante o período da grande pandemia da era contemporâneaa suspensão de nossas possibilidades de interação social e toda a angústia que isto provocouglobalmente. Dans ce travail, a artista instaura, a partir de sua própria sobrevivência emocional, uma geografia relacional com seu âmbito domésticoaquilo que seu espaço lhe permitia apreender do mundo exterior, através de sua janela e de seu olhar como opção de comunicação restante, num momento que ficamos aprisionados em nossas circunstâncias. Na exclusão física imposta, não bastou à artista as ferramentas que o admirável mundo novo nos proporciona. Sua vontade de estar com o outro, expandiu-se pela procura de gestos, de vivências, de acenos possíveis, vistos da janela de seu apartamento, pairando por sobre uma Copacabana desértica, seu único canal de resiliência. De respiro!

Num clássico da cinematografia universalJanela Indiscreta”, de meados do século XX, le personnage principal, vivido por Jimmy Stewart, seguia na observação solitária, preso na incomunicabilidade de sua vida, refletindo a ansiedade e desconexão de nossos tempos, que já se estruturava no horizonte, com a difusão da TV e que hoje, potencializada pela vida digital, tornou-se o padrão de nossas relações. Aquilo que o sociólogo David Riesman chamou apropriadamente de “a multidão solitária”, pois já em seu livro de 1950, deferiu que a sociedade contemporânea tinha sido atomizada e cada vez mais seria caracterizada por pessoas vivendo entre si, mas à parte umas das outras. Cependant, diferente da observação fria da trama policialesca do filme, o olhar da artista é empático, solidário… il était, através do registro poético, sua forma de manter seu lugar no mundo. E naquilo que sua sensibilidade transformou em urgência de expressão, nos brinda com uma abordagem documental desta experiência humana conjunta, que ainda será visitada muitas vezes, à luz da história. Neste percurso primordial, de procura pela vida que transbordava por frestas, lumières, ombres, îles, varandas e silêncios, Marilou vai desenvolvendo um tratado plástico, interagindo em nossa percepção, até que as imagens, à priori presas à realidade emoldurada por geometrias sensíveis, se diluam ao explodirem em movimentos de cores e formas de um repertório expressionista. Fauvista, poderíamos dizer. Ce, que de outra forma, se apresentaria como um desenvolvimento de autoralidade sobre o trabalho, é ainda mais tocante, por confidenciar que sua percepção atual do mundo, passa por um processo de acomodação sensorial, após algumas intervenções oftalmo-cirúrgicas que sofreu. Ao nos trazer, em algumas imagens, aquilo que por vezes é seu limite de apreensão visual do mundo, ela nos dá oportunidade de um exemplo mais amplo de empatia, nos proporcionando o lugar do outroa alteridade doEm-si (en-soi)”/”Para-si (pour-soi)”, como colocou Sartre, em contraponto com os limites descarteanos da existência solitária do homem.

Saiba mais sobre Marilou Winograd

Nascida no Cairo, Égypte, Marilou Winograd chega ao Brasil, à Rio de Janeiro, à 1960. Formada em Artes no CEAC (Centro de Arte Contemporânea), IBA (Instituto de Belas Artes) e EAV (Escola de Artes Visuais) Parc de Lage, à Rio de Janeiro, Brésil. Participou de exposições individuais e coletivas, congressos e seminários no Brasil e no exterior (1971/2022). É uma das curadoras do projeto Zona Oculta – entre o público e o privado, avec 350 Les femmes artistes (2004/2014), do projeto Acesso Arte Contemporânea, avec 179 Artistes en arts visuels (2011/2022) e de várias coletivas, ocupações e convocatórias. En 2004, publicou o livro “O Silêncio do Branco”, relato visual de sua viagem à Antártica, num contraponto com a sua obra. Entre os países onde já expôs, En plus du Brésil, sont: France (Paris), Allemagne (Berlim e Colônia), Argentine (Buenos Aires), Italie (Rome) e Portugal (Lisbonne).

Service:

"Fenêtres indiscrètes, je vois ce que tu vois?"

Ouverture: 11 Juin, Samedi, le 16:00 à 19:00

Visitation: de 14 de Juin à 23 Juillet 2022

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Curatelle: Alexander Murucci

Production: Carlos Bertão e Alê Teixeira/EntreArte

Centre Culturel Correios RJ

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Adresse: Rua Visconde de Itaboraí, 20 - Centre – RJ

Temps: Du mardi au samedi, 12h à 19h

Entrée libre

Contatos Marilou Winograd: www.mwinograd@uol.com.br / www.acessoartecontemporanea.com.br / www.zonaoculta.com.br

Contato Alexandre Murucci: @alexandremurucciart

Contatos EntreArte: @entrearteconsultoria / @cbertao / @aleartale

Information presse: Conseil en communication BriefCom: Bia Sampaio: +55 21 98181-8351/ de biasampaio@briefcom.com.br

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